Sabe Mais

      Nesta semana, em Portugal, tem início (de uma forma mais generalizada) um novo ano escolar e, tendo em conta este acontecimento, é apropriado e a seguir se reproduz uma mensagem que Albert Einstein dirigiu a alunos e professores:

      «Lembrai-vos de que as coisas maravilhosas que ireis aprender nas vossas escolas são a obra de muitas gerações, levada a cabo por todos os países do mundo, à custa de muito entusiasmo, muito esforço e muita dor. Tudo é depositado nas vossas mãos, como uma herança, para que a aceitem, honrem, desenvolvam e a transmitam fielmente um dia aos vossos filhos. Assim, nós, embora mortais, somos imortais nas obras duradouras que criamos em comum. Se tiverem esta ideia sempre em mente, encontrarão algum sentido na vida e no trabalho e poderão formar uma opinião justa em relação aos outros povos e aos outros tempos.»

      Citação de Albert Einstein, in “Como Vejo o Mundo”

      Albert Einstein (1879-1955) foi um físico teórico alemão radicado nos E.U.A. que, em 2009, um grupo de 100 físicos de renome do Mundo, o elegeu como o mais memorável físico de todos os tempos. Ficou popularmente conhecido, para além da fotografia abaixo, pela sua Teoria da Relatividade e o desenvolvimento da energia atómica.

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      «Parece-nos que, de todas as aristocracias que oprimiram, cada uma por si e às vezes todas em conjunto, a sociedade humana, a chamada aristocracia da inteligência é a mais odiosa, a mais desprezadora e a mais opressiva.

      A aristocracia nobiliária diz-vos: “você é um homem muito galante mas não nasceu nobre!” É uma injúria que ainda podemos suportar.

      A aristocracia do capital reconhece-vos toda a espécie de méritos mas acrescenta “não tendes vintém!” É igualmente suportável.

      A aristocracia da inteligência diz-nos: “Não sabem nada, são uns burros e nós, homens inteligentes, temos que vos pôr a albarda e conduzir-vos!” Isto é intolerável.»

      Mikhail Aleksandrovitch Bakunin ou, o aportuguesado: Miguel Bakunine (1814-1876)

      Filósofo anarquista, distanciou-se de Karl Marx por defender que as energias revolucionárias deveriam ser concentradas na destruição das “coisas”, no caso, o Estado, e não das “pessoas”.

      Bakunine criou grupos anarquistas em vários países do mundo e mesmo após a sua morte a sua influência é notada até aos nossos dias, designadamente, nas várias ações de protesto de rua, utilizando a tática da ação direta, tão bem descrita em toda a sua obra; nos movimentos ambientalistas, cooperativistas, de ocupação urbana, grupos locais de trabalho autogestionado, etc., todos carregam o germe da ideologia e pensamento de Bakunine, pois todos são, também, amantes fanáticos da liberdade.


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      A organização “Greenpeace” faz hoje 41 anos da sua criação.

      Desde a sua fundação por um pequeno grupo de ativistas, nestas quatro décadas, a organização tem realizado incontáveis ações por todo o planeta, transformando-se numa grande organização com ativistas e filiais em todo o Mundo.

      «Um dia a Terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos na correnteza dos rios. Quando esse dia chegar, os índios perderão o seu espírito mas vão recuperá-lo para ensinar ao homem branco a reverência pela sagrada terra, então todas as raças se irão unir sob o símbolo do arco-íris para terminar com a destruição. Será o tempo dos Guerreiros do Arco-Íris.»

      Esta foi uma profecia, com mais de 200 anos, realizada por “Olhos de Fogo”, uma dirigente de tribo índia, profecia esta que embalou as longas noites dos fundadores da Greenpeace que navegavam para as Ilhas Aleutas, no Alasca, em 1971, na tentativa de impedir um teste nuclear dos Estados Unidos. Esta profecia não só iria dar nome ao primeiro navio da organização, o “Rainbow Warrior” (Rainbow = Arco-Iris + Warrior = Guerreiro), como acabou por batizar os ativistas do Greenpeace, conhecidos em todo o mundo como “Os Guerreiros do Arco-Íris”.

      Mais info em: http://www.greenpeace.org/international/en/

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      A mulher mais rica do Mundo, a australiana Gina Rinehart, disse que todos aqueles que têm “inveja de gente com dinheiro” deviam parar de se queixar e trabalhar mais.

      Já não é a primeira vez que a australiana faz comentários que geram polémica mas, desta vez, o Governo australiano considerou as declarações “insultuosas”.

      «Se tens inveja da gente que tem dinheiro, não fiques aí sentado a queixar-te. Faz alguma coisa para ganhar dinheiro: passa menos tempo a fumar e a fazer amigos e mais tempo a trabalhar» Foram estas as palavras de Gina Rinehart.

      A mulher não conteve as palavras e ainda aconselhou pobres e “invejosos” a “beberem menos”. Numa crítica aos governantes, protestou contra a subida de impostos e aconselhou a que se dê as “boas-vindas aos investimentos se querem ajudar os pobres”. Caso contrário, ironiza, até existe uma alternativa: “Chama-se Grécia”, concluiu.

      Gina Rinehart, possui uma fortuna de cerca de 14515 milhões de euros e enriqueceu depois de herdar o dinheiro e de se ter tornado a principal acionista da empresa mineira australiana Hancok.

      Esta não foi a primeira polémica em que Gina Rinehart esteve envolvida. A herdeira já levou a tribunal vários membros da família, inclusive três dos quatro filhos, devido a desavenças quanto ao controlo dos milhões da família.

      Trava também uma ação judicial, da qual deverá sair vencedora, com o Governo australiano para que se batize uma cadeia montanhosa com o seu apelido da sua família, Montes Hancock.


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      No próximo fim-de-semana (dias 14, 15 e 16 de setembro) decorrerá em Lisboa uma feira alternativa denominada Festival da Terra, com o propósito de mudar o Mundo e mudar de Vida.

      Encontrar soluções alternativas para o estilo de vida atual e mudar mentalidades, em prol de uma vivência mais verde e feliz é o objetivo da iniciativa. Para isso haverá muitos debates e “workshops” para os três dias, mas também haverá concertos, dança, medicina não convencional, propostas de turismo de natureza, alimentação natural e desenvolvimento pessoal, entre diversas outras propostas que dão corpo a esta iniciativa.

      Ao todo serão 160 expositores, 178 eventos, 50 oradores, seis restaurantes, espaço criança, mercado de segunda mão e sete espaços vivenciais, todos compondo o programa da Feira Alternativa e Festival da Terra.

      Esta iniciativa que se assume como a maior feira do país a mostrar os caminhos sustentáveis para um futuro possível, tem em primeiro plano as novas respostas de sustentabilidade que vão surgindo: Zeitgeist, Prout, Tamera, entre outras propostas e organizações que mostram novos percursos e tendências.

      Outra inspiração que terá lugar de destaque neste Festival da Terra são as vidas que mudaram outras vidas.

      Sabe mais no sítio da Terra Alternativa em:
       http://terraalternativa.com/
       (também com ligação permanente na coluna dos Sítios a Visitar)


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      Há alguns dias atrás foi descoberta por deflagrar uma bomba da Segunda Guerra Mundial, com 250 kg, na cidade alemã de Munique.

      Durante a madrugada foram retiradas 2500 pessoas em redor do bairro de Schwabing e num raio de cerca de 300 metros, pessoas que são vizinhas das obras de construção de um edifício onde a bomba se encontrava enterrada desde a Segunda Grande Guerra.

      Após as manobras de retirada da bomba, um porta-voz dos bombeiros da cidade alemã garantia que a bomba podia explodir a qualquer momento, mesmo após estes 70 anos decorridos desde o fim da Guerra, pois mantinha o detonador ativo.


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11SET

Posted on: 11/09/2012

      No ataque às Torres Gémeas em 2001 morreram 2863 pessoas e em todo o Mundo é motivo de abertura dos noticiários, dias antes e ano após ano.

      Com HIV-SIDA já morreram 40 milhões (milhões!) de pessoas.

      Com fome já morreram 824 milhões (milhões!) de pessoas.

      Sem casa há 630 milhões (milhões!) de pessoas.

      A exploração laboral mundial mata 700 vezes mais (setecentas vezes mais!) pessoas que o 11S.

      Muitos milhões ignorados; diariamente ignorados, contra uns poucos quase 3 mil.

      Haverá mais mundo para além dos E.U.A. ?

      “O dia 11 de setembro ficou na nossa memória coletiva como o dia em que se pensou que o capitalismo poderia efetivamente ruir. Afinal enganamo-nos e parece que vai ser preciso muito mais do que um avião em chamas em cima de toda e qualquer instituição financeira e/ou militar e talvez até não seja esse o melhor caminho para o derrubar, mas seja, sim, um bom plano para o manter. Há factos que apontam este acontecimento como um plano ou um aproveitamento por parte dos estadunidenses. Depois disto acontecer, foi facilmente aceite e apoiado qualquer plano de guerra contra “terroristas” ou países que alegadamente os alberguem. Continua a acontecer 10 anos depois.

      Algumas teorias questionam até a versão oficial dos atentados, as motivações por trás deles e as partes envolvidas, envolvendo-se em investigações independentes. Algumas das teorias da conspiração vêem os ataques como um casus belli através de uma falsa bandeira para trazer o aumento da militarização e do poder de polícia. Os defensores das teorias do 11SET têm sugerido que indivíduos dentro dos Estados Unidos possuem informações detalhadas sobre os ataques e deliberadamente optaram por não evitá-los, ou que indivíduos de fora da al-Qaeda planearam, realizaram ou auxiliaram os ataques. Alguns outros teóricos reivindicam que o World Trade Center não entrou em colapso por causa da colisão dos aviões, mas que foi demolido com explosivos.”

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      Um pescador escocês acaba de pescar nas suas redes uma garrafa com uma mensagem que se encontrava à deriva no mar há quase um século.

      A garrafa com a mensagem foi lançada ao mar em 1914, isto é há 97 anos e fazia parte de um grupo de 1800 garrafas então lançadas ao mar nesse ano, ação inserida num estudo científico da época que se debruçava sobre as correntes marítimas à volta da Escócia. Dessas 1800 garrafas só foram recuperadas 315.

      Curiosamente, este pescador (Andrew Leaper) já havia pescado a anterior garrafa com mensagem mais antiga, nas redes do seu barco “Copious”, registo este que agora é batido em mais 5 anos de antiguidade, isto é, o pescador acaba de bater o seu recorde pessoal.

      A garrafa, encontrada após um século distava apenas 17 quilómetros do local de lançamento.

      A mensagem consistia num postal dos correios que pedia a quem o encontrasse para registar a localização, enviando-o por correio para a Escola de Navegação de Glasgow. Esta colaboração dava direito a uma recompensa de “six pence”, que valeria cerca de um euro hoje em dia.


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      «Para livrar-se dos governos não é necessário lutar contra eles pelas formas exteriores, é preciso unicamente não participar em nada, basta não sustentá-los e então cairão aniquilados.»

      Liev Tolstoi, também conhecido como Léon Tolstói, Leão Tolstoi ou Leo Tolstoy, e de seu nome Lev Nikoláievich Tolstói (1828-1910), de nacionalidade russa, é considerado um dos maiores escritores de todos os tempos.

      Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e ideias embatiam de frente com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.

      Morreu aos 82 anos, de pneumonia, durante uma fuga de sua casa, buscando viver uma vida simples na Natureza.

      E no dia de hoje (9 de setembro) recordamos Tolstói porque foi precisamente num dia assim do ano de 1828 que ele nascia na localidade russa de Yasnaya Polyana.

      A fotografia abaixo é a única a cores que existe do escritor.

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      Garimpeiros brasileiros massacraram cerca de 80 índios da tribo Yanomami. Este massacre poderá ter dizimado uma aldeia inteira da tribo que ocupa um vasto território na fronteira entre o Brasil e a Venezuela.

       Os garimpeiros terão morto a população com tiros e dinamite.

      Apesar de muito feridos alguns índios sobreviventes (três) conseguiram chegar à aldeia Onkiola, na região de Auraris, no estado brasileiro de Roraima, contando que os garimpeiros (pesquisadores de ouro ilegais) invadiram a aldeia Irotatheri, já em território da Venezuela, e começaram a abusar sexualmente de índias, escolhendo as mais bonitas e jovens da tribo.

      Tentando proteger as famílias, os homens da aldeia reagiram mas, desarmados, foram presas fáceis para os garimpeiros, armados com revólveres, espingardas e explosivos.

      Segundo os relatos desses sobreviventes aos membros da Coordenadoria das Organizações Indígenas da Amazónia (COIAM) e do Instituto Sócio-Ambiental, os invasores, enfurecidos por não conseguirem continuar a abusar das mulheres, dispararam em todas as direcções e balearam todos os habitantes, independentemente de serem adultos ou crianças.

      Depois, não satisfeitos com a barbárie cometida, serviram-se da dinamite, usada normalmente para destruir rochas, matando os poucos que ainda tinham um sopro de vida e derrubando as frágeis construções da aldeia, feitas de barro e palha.

      Segundo os sobreviventes do massacre, a matança ocorreu no dia 5 de julho, mas só agora foi conhecida. A aldeia Irotatheri fica no coração da selva amazónica, numa região extremamente isolada, e os índios, depois de ficarem algum tempo escondidos para se recuperarem e fugirem dos garimpeiros, ainda demoraram vários dias até chegarem à aldeia mais próxima, que tem comunicação via rádio com a Fundação Nacional do Índio do Brasil (Funai).

      Do ponto mais próximo onde há técnicos da Funai até ao local da tragédia são cerca de dez dias a pé pelo meio da selva, não havendo outra forma de chegar.

      As organizações indígenas do estado do Amazonas (Coiam) lamentaram a situação e afirmaram, em comunicado, que já desde 2009 que vêm denunciando agressões de garimpeiros contra as comunidades Yanomami, vítimas de violência física, ameaças, sequestro de mulheres e ainda de contaminação, designadamente da água com o mercúrio (usado para encontrar ouro).

      Há diversos grupos de garimpeiros explorando inúmeras minas artesanais de ouro e diamantes, localizadas em regiões recônditas do sul da Venezuela. Calcula-se que sejam mais de mil os garimpeiros que, para além de poluírem os rios e as florestas, especialmente com o mercúrio, cujo grau de toxicidade é enorme e tem consequências fatais e irreversíveis, ainda transmitem aos índios diversas doenças que lhes são fatais.

      Os Yanomami são uma das maiores tribos relativamente isoladas na América do Sul. Vivem nas florestas e montanhas do norte do Brasil e do sul da Venezuela. Como a maioria dos povos indígenas do continente, os Yanomami, provavelmente migraram pelo Estreito de Bering, entre a Ásia e a América, há cerca de 40.000 anos atrás, seguindo lentamente para a América do Sul. Hoje, a sua população total é de cerca de 32.000 índios.

      Com mais de 9,6 milhões de hectares, o território Yanomami no Brasil corresponde ao dobro do tamanho da Suíça. Na Venezuela, os Yanomami vivem na Reserva da Biosfera Alto Orinoco-Casiquiare, de 8,2 milhões de hectares. Juntas essas duas regiões formam o maior território indígena coberto por floresta em todo o Mundo.

      A imagem corresponde à vista aérea da “Cabana Grande”, dinamitada e queimada, onde residia a comunidade de 80 pessoas.


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      Num dia como o de hoje mas de há cerca de 2500 anos atrás, nascia na China o filósofo conhecido como Confúcio, nome latinizado de Kung-Fu-Tse.

      Nasceu em 551 a.C. e morreu em 479 a.C.

      A sua doutrina teve uma forte influência não só na China mas também sobre toda a Ásia Oriental.

      São inúmeras as suas citações, como a que segue:

      «Se tiveres uma laranja e a trocares com outra pessoa que também tem uma laranja, cada um fica com uma laranja, mas se tiveres uma ideia e a trocares com outra pessoa que também tenha uma ideia, então cada um ficará com duas.»

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      Num dia como o de hoje (6 de setembro), do ano de 1901, em Buffalo (estado de Nova Iorque; EUA) o anarquista individualista polaco Léon Czolgosz, dispara dois tiros de revólver ao presidente dos Estados Unidos William McKinley.

      O presidente viria a morrer uma semana depois, a 14 de setembro.

      Czolgosz foi condenado à pena de morte e executado nesse mesmo ano, em 29 de Outubro, na cadeira elétrica, tendo a sua execução sido na altura registada em filme pelo inventor Thomas Edison.

      Em 31 de agosto de 1901, Czolgosz deslocou-se a Buffalo, Nova Iorque, e alugou um quarto próximo da Exposição Pan-Americana que aí decorria, no teatro conhecido como Templo da Música e que ele sabia iria ser visitado pelo presidente dos EUA.

      No dia 6 de setembro foi à exposição com o revólver “Iver-Johnson” calibre 32 semi-automático (número de série #463344) que havia comprado no dia 2 de setembro por 4 dólares e 50 centavos. Com a arma encoberta por um lenço de bolso, Czolgosz aproximou-se da comitiva do presidente McKinley que cumprimentava o público. Czolgosz avançou e McKinley estendeu a sua mão para o cumprimentar. Czolgosz desviou-lhe a mão, empurrando-a para o lado e disparou duas vezes no peito do presidente, à queima-roupa.

      Os membros da comitiva e o público presente imediatamente subjugaram Czolgosz, antes da intervenção da Guarda Nacional. Czolgosz foi depois espancado tão duramente que muitos pensaram que não aguentaria tempo suficiente para ser julgado.

      Nos últimos anos da sua vida Czolgosz seria profundamente influenciado pelo pensamento de teóricos do anarquismo como Emma Goldman e Alexander Berkman, bem como pela ação direta violenta do alfaiate italiano Gaetano Bresci que um ano antes havia executado Umberto I, o monarca de seu país, com o mesmo modelo de pistola que posteriormente utilizado por Gzolgosz viria a utilizar.

      Czolgosz nunca foi aceite em nenhum grupo anarquista, devido ao seu fanatismo e às suas intenções violentas, que demonstrava, tendo até feito com que alguns grupos suspeitassem das suas reais intenções, pensando que poderia ser um agente infiltrado do governo e lançaram avisos, considerando-o um espião.

      Antes da execução as suas últimas palavras foram:

      «Matei o presidente porque ele era o inimigo da boa gente, dos bons trabalhadores. Não sinto remorso pelo meu crime.»

      Após a execução uma grande quantidade de ácido sulfúrico foi atirada para dentro do seu caixão para que o corpo ficasse completamente desfigurado resultando num processo de decomposição de apenas doze horas. As cartas que escrevera e trazia consigo no momento do atentado, assim como as suas roupas foram queimadas, com o propósito de que jamais ninguém conhecesse os seus argumentos.

      Emma Goldman também chegou a ser presa sob suspeita de estar envolvida no assassinato, sendo libertada por não haver qualquer evidência que confirmasse a suspeita.

      O local do atentado, o Templo da Música, foi imediatamente demolido (em Novembro de 1901) e hoje é apenas visível um marco no meio da rua Fordham, num bairro residencial de Buffalo no ponto aproximado onde o evento ocorreu.

      A arma de Czolgosz faz parte do acervo da Exposição Pan-americana da Sociedade Histórica do Condado de Erie, em Buffalo, Nova York.

      No Chile há um grupo anarquista denominado “Forças Autónomas e Destrutivas León Czolgosz”, o qual reivindicou a autoria de dois atentados com bomba, um contra a sede da Agência Nacional de Inteligência Chilena em 28 de janeiro de 2006, e outro contra a Embaixada do Reino Unido em 15 de julho de 2007, ambos os feitos ocorreram na cidade de Santiago do Chile.

      Em baixo podes ver o vídeo com o filme original realizado por Edison onde se apreciam os últimos momentos da execução de Czolgosz.

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      O Ministério do Ambiente do Japão acaba de declarar extinta a sua lontra de água doce (lutra lutra whiteleyi), vista pela última vez em 1979, na cidade de Susaki (Shikokou).

      Esta subespécie única desapareceu devido à caça e perda de habitat pelo desenvolvimento das cidades.

      A extinção desta lontra ribeirinha é mais uma dura perda para os mamíferos endémicos do Japão, que tinha já perdido dois lobos, dois morcegos, uma raposa e um leão-marinho: os lobos de Honshu e Hokaido, o morcego anão de Sturdee, a raposa voadora de Okinawa e o leão-do-mar japonês.

      A lontra de água doce japonesa era muito comum no país até ao início do século XX, alimentando-se de peixes e camarões. Desde 1990 foram feitas várias expedições para encontrar o animal e ainda que alguns investigadores acreditem que ela ainda sobreviva, o Governo declarou-a agora extinta, uma vez que não se consegue demonstrar a sua existência desde 1979, isto é, há 33 anos, tempo que parece ser agora suficiente para que o Governo daquele país perceba de uma vez por todas que os animais se extinguem, não como os fósforos que ardem, que se extinguem por si próprios, mas que os animais se extinguem porque os humanos acabam com eles ou com as suas condições de vida, o que resulta no mesmo, isto é, se não o deixas viver, estás a matá-lo.


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      No vídeo abaixo está resumida toda a história do anarquismo, desde a Grécia Antiga até aos nossos dias, no Mundo em geral e na América Latina em particular, terminando com a biografia e pensamento de Daniel Barret (que também usava o pseudónimo de Rafael Spósito), sociólogo, jornalista, professor universitário e distinto militante anarquista uruguaio (1952-2009), cujo artigo “El mapa del despertar anarquista latinoamericano” serve de ponto de partida para este documentário.
      Daniel Barret dizia: «O anarquismo é minoritário, no entanto, tal facto nunca foi para nós motivo de impedimento. Os anarquistas sabemos aproximadamente o que queremos e quais os caminhos que nos podem levar nessa direção. Não temos a certeza quanto a um hipotético triunfo final, se é que existe um final, e isso nos paralisa? Evidentemente que não. Porquê? Porque a própria prática libertária é um objetivo em si mesma e o próprio facto de traçar um caminho próprio constitui uma meta e uma vitória.»

      Num dia como o de hoje mas de 1898 (há 114 anos) nascia o senhor Alves dos Reis, o maior burlão da história portuguesa e certamente um dos maiores do Mundo.

      A sua grande especialidade era a falsificação e desde cedo falsificou o seu diploma de curso superior, em diversos tipos de engenharia, obtido em Oxford.

      Comprou diversas empresas, utilizando, entre outros métodos, a emissão de cheques sem cobertura que depois até pagaria com o dinheiro da própria empresa adquirida.

      Mas o maior dos seus feitos foi o de falsificar as notas de 500 escudos do Banco de Portugal mas de uma forma completamente inovadora, isto é, Alves dos Reis não fez notas falsas mas sim verdadeiras!

      Verdadeiras?

      Sim, ou verdadeiramente falsas…

      Alves dos Reis falsificou documentos e correspondência, do e entre o Banco de Portugal e a empresa inglesa onde as notas eram fabricadas para o Banco de Portugal, conseguindo que a empresa fabricasse notas que julgava serem para o Banco de Portugal e eram afinal para ele. As notas eram verdadeiras mas encomendadas por ele.

      Enriqueceu, comprou mais empresas e até um banco, tendo o deslize de começar a emprestar dinheiro, sem grandes exigências, como faziam outros bancos, e sempre em notas de 500 escudos.

      Estas particularidades levaram a que os jornalistas do jornal diário (o maior da época) “O Século” investigasse, vindo-se a descobrir a fraude.

      Tinha 28 anos e foi condenado a uma pena de 20 anos.

      Durante a prisão falsificou ainda documentos e até conseguiu convencer um juiz que a própria administração do Banco de Portugal estava envolvida na fraude.

      Diria: «Os senhores estão aqui para julgar homens e não para julgar almas”.

      Morreu em 1955 na pobreza.

      Em 2005 uma das suas notas (de 2,5 euros de valor facial) foi a leilão pelo preço base de licitação de 6500 euros.

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      No cartaz pode ler-se:

      «O problema das mentes fechadas é que sempre têm a boca aberta.»

      (Foto obtida em: http://www.facebook.com/LaVozColombiana)

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Este artigo que lês está publicado numa das várias iniciativas informativas que compõem o Grupo Info-Dia, um grupo dedicado à informação alternativa, global, não massificada, gratuita e diária.

Esta iniciativa divulgativa nasceu em Janeiro de 2007 (há 5 anos), inicialmente sob a forma de mensagens curtas (SMS) para um determinado grupo restrito de beneficiários, tendo, ao longo do tempo saltado para um blogue e outro e outro e mais outro, contando hoje com assíduas visitas diárias, em todas as plataformas, vindas de todo o planeta onde haja um falante de Língua Portuguesa, tendo ainda leitores assíduos de falantes da Língua Castelhana (Espanhol).

Todos os dias são publicados novos artigos em mais do que um blogue e noutras plataformas, como redes sociais, de forma a alcançar um maior número de leitores e poder assim transmitir conhecimento que não está disponível nos normalizados e embrutecedores meios de comunicação social.

Os artigos não são publicados de forma massiva, isto é, não são publicados em quantidade nem pretendem alcançar o grande público consumidor de estereótipos e estereóestúpidos.

Todos os dias são selecionados os melhores acontecimentos, as notícias menos divulgadas, aqueles factos que deveras interessam e podem aportar algo mais ao nosso conhecimento geral do Mundo e de nós próprios, enquanto seres divinos que somos e todo-poderosos.

O Mundo, a Vida e a Liberdade podem ser melhores do que isto. Esforça-te para o conseguires, cada segundo, cada vez que respires. Liberta-te a ti mesmo pelo conhecimento, não acreditando nas mentiras das religiões, dos poderes, dos Estados…

A sabedoria é o único poder maior. Aprende, para saberes mais do que eles. O conhecimento é a tua arma de guerra mais poderosa e destruidora. Usa-a, ataca, mata, destrói.

A seguir estão os endereços de todos os sítios do grupo até ao presente:

1 – INFO-DIA:
http://info-dia.blog.pt

(informação diária diversificada no Blog.pt)

2 – INFODIASMS:
http://infodiasms.blogspot.com

(informação diária diversificada no BlogSpot)

3 – SABEMAIS (este blogue):
https://sabemais.wordpress.com

(informação diária diversificada no WordPress)

4 – TWITTER:
http://twitter.com/sabemais

(informação diária breve no Twitter)

5 – FACEBOOK:
http://www.facebook.com [InfoDia Sms]

(informação diária diversificada no Facebook)

6 – ANARQUINFO:
http://anarquinfo.blogspot.com

(informação diária específica do mundo anarquista)

7 – BLAVING (Voz):
http://pt.blaving.com/infodia

(a informação em voz para ouvir)

8 – GOOGLE+:
https://plus.google.com [Info Dia]

(informação diária diversificada no Google+)

9 – ORKUT:
http://www.orkut.com [Info Dia]

(informação diária diversificada no Orkut)

10 – DIASPORA:
http://diasp.eu [Info Dia]

(a rede social alternativa ao Facebook )

11 – SMS:
(mensagens para os telefones dos operadores portugueses)

Blogue

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      Uma equipa de astrónomos europeus e americanos acaba de anunciar a descoberta de moléculas de açúcar (glicoaldeído) no gás que rodeia uma estrela jovem do tipo solar.

      É a primeira vez que o açúcar é detetado no espaço em torno de uma tal estrela e a descoberta mostra que os blocos constituintes da vida se encontram no local certo e na altura certa, de modo a serem incluídos em planetas que se estejam a formar em torno daquela estrela.

      O glicoaldeído já tinha sido observado anteriormente no espaço interestelar por duas vezes, mas esta é a primeira vez que é descoberto tão perto de uma estrela com massa semelhante ao Sol, a distâncias comparáveis à distância de Urano à nossa estrela.

      O autor principal do artigo científico (que será brevemente publicado na revista Astrophysical Journal Letters) refere que “No disco de gás e poeira que circunda esta estrela recém-formada encontrámos uma forma de açúcar simples não muito diferente do açúcar que pomos no café”, acrescentando que “esta molécula é um dos ingredientes na formação do RNA, que – tal como o ADN (DNA), ao qual está ligado – é um dos blocos constituintes da vida”.

      “A grande questão é: qual a complexidade que estas moléculas podem atingir antes de serem incorporadas em novos planetas? Esta questão pode dizer-nos algo sobre como a vida aparece noutros locais e as observações do ALMA serão vitais para desvendar este mistério.”

      ALMA significa: Atacama Large Millimeter/submillimeter Array e é uma parceria entre instituições da Europa, América do Norte e o Leste Asiático, em cooperação com o Chile. Na Europa o ALMA é financiado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), organização a que Portugal pertence. O telescópio está no deserto de Atacama (Chile).

      A construção do ALMA ainda não está concluída e só estará completa em 2013, quando as suas 66 antenas parabólicas de alta precisão estiverem completamente operacionais. Este telescópio constitui atualmente o maior projeto astronómico que existe no Mundo.

      A estrela denomina-se IRAS 16293-2422 e situa-se a 400 anos-luz de distância da Terra, o que a torna num excelente alvo para os astrónomos que estudam as moléculas e a química em torno de estrelas jovens.

      Daqui a muitos anos, quando já houver seres vivos nesses planetas adorarão alguns deuses que lá os terão colocado? E se algum desses deuses enviar um suposto filho representante ao planeta e este representante vier a ser morto à vassourada, será que a vassoura se pode tornar o símbolo de uma nova religião?


      Há quem veja nas touradas arte, tradição e cultura.

      E tu que vês?

      “As corridas de touros foram uma atividade lúdica comum a vários países europeus durante a idade média. A maioria desses países aboliu este tipo de espectáculos sangrentos por volta do século XVI, por se tratarem de eventos cruéis e impróprios de nações civilizadas. Atualmente as touradas são proibidas em diversas nações europeias como a Dinamarca, Alemanha, Itália ou Inglaterra.

      Infelizmente, estas práticas mantiveram-se em Espanha, sendo daí exportadas para Portugal, onde foram alvo de várias restrições e até proibidas em 1836. Por constituírem uma importante fonte de receita para a Casa Pia de Lisboa e para as Misericórdias, as touradas foram novamente autorizadas apenas para fins benéficos, mas acabaram por se transformar num evento comercial lucrativo para um pequeno grupo de empresários tauromáquicos, nunca perdendo a ligação às suas verdadeiras origens, evidenciada nos trajes, nas lides, no vocabulário e até na música que se ouve nas praças.

      As corridas de touros constituem nos dias de hoje um espectáculo anacrónico, violento e um mau exemplo, em particular para as crianças e jovens, em relação à compaixão e respeito que todos devemos evidenciar pelos animais.

      Não é aceitável que a nossa sociedade em 2012 continue a aplaudir o derramamento de sangue e o desprezo pela vida evidenciado pelos “artistas” nas arenas, assim como não é admissível que no panorama atual, vários milhões de euros das nossas finanças públicas, sejam canalizados para a criação de animais para entretenimento, construção de praças de touros, aquisição de bilhetes para touradas, subsídios, etc.”

      Extrato retirado de: http://nunoanjospereira.wordpress.com/


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      Não faz tanto frio em Marte como se esperava. Na cratera Gale, a temperatura oscila entre os 71 graus negativos e os 11, também negativos. É o final do inverno em Marte e estas são as primeiras medições que o robô Curiosity envia para a Terra.

      As medições da temperatura, pressão e humidade do ambiente estão a cargo da estação meteorológica REMS, um dos instrumentos do robô Curiosity. Para já, sabe-se isto: na cratera Gale, a temperatura vai dos 71 aos 11 graus abaixo de zero, a humidade ronda os 8%, um valor muito baixo, faz sol, a pressão é um pouco mais alta do que o normal e sopra um vento de noroeste.

      Estes dados foram apresentados pelo responsável da REMS, o espanhol Javier Gómez Elvira, que adiantou ainda que um dos sensores de vento se avariou, provavelmente, durante a aterragem em Marte, referindo: “A nossa equipa acredita que alguns filamentos da placa do circuito estão abertos, provavelmente rompidos e, depois de alguns dias de análise, pensamos que se trata de um dano permanente. O sensor funcionou perfeitamente durante a viagem de oito meses a Marte e o dano foi causado durante ou após o pouso, no entanto, o segundo sensor está plenamente operacional, não detetamos qualquer outro problema com os instrumentos até o momento.


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      Num dia como o de hoje (28 de agosto) mas de 1963 (há 49 anos), terminava em Washington (EUA) a grande marcha pela igualdade dos direitos cívicos, com cerca de 200 mil pessoas, onde Martin Luther King profere o seu famoso discurso intitulado: “I Have a Dream” (Eu tenho um sonho).

      «A liberdade nunca é voluntariamente cedida pelo opressor; deve ser exigida pelo oprimido.»

      Martin Luther King (1929-1968)

      Foi um dos mais importantes e incontornáveis líderes mundiais do movimento dos direitos civis, especialmente dos negros nos Estados Unidos, com uma campanha de não-violência e de amor ao próximo. King era seguidor da ideia lançada por Gandhi da desobediência civil não violenta.

      Acertadamente previu que as manifestações organizadas e não violentas contra o sistema de segregação predominante no sul dos Estados Unidos, apesar de atacadas de modo violento pelas autoridades racistas, detinham uma ampla cobertura dos meios de comunicação de massas, o que permitia criar uma opinião pública favorável ao cumprimento dos direitos civis e assim orientou a sua luta, acendendo o debate acerca dos direitos civis e tornando-o até o principal assunto político nos Estados Unidos a partir do começo da década de 1960.

      Organizou e liderou marchas pelo direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. A maior parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à lei geral dos EUA com a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964) e da Lei de Direitos Eleitorais (1965).

      O protesto não violento irritava as autoridades racistas dos locais onde se davam os protestos e, invariavelmente, tais autoridades, retaliavam sempre de forma violenta.

      Martin Luther King era odiado por muitos segregacionistas do sul, o que culminou no seu assassinato no dia 4 de abril de 1968, momentos antes de uma marcha, num hotel da cidade de Memphis.

      Dezoito anos depois da sua morte, em 1986, foi estabelecido um feriado nacional nos Estados Unidos para homenagear Martin Luther King, o chamado Dia de Martin Luther King (sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima ao aniversário de King). Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido em todos os estados do país.

      Luther King foi a pessoa mais jovem a receber o Prémio Nobel da Paz, em 1964, pouco antes de seu assassinato.

      «Não é um sinal de boa saúde mental estar bem adaptado a uma sociedade doente.»

      Jiddu Krishnamurti (1895-1986)

      Filósofo, escritor e educador indiano. Entre os temas abordados incluem-se a revolução psicológica, meditação, conhecimento, liberdade, relações humanas, a natureza da mente, a origem do pensamento e a realização de mudanças positivas na sociedade global.

      Constantemente alertou para a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, política ou social. Uma revolução que só poderia ocorrer através do autoconhecimento e da prática correta da meditação do homem liberto de toda e qualquer forma de autoridade.


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F.O.R.A.

Posted on: 26/08/2012

      Num dia como o de hoje (26 de agosto) do ano de 1905, em Buenos Aires (Argentina) ocorria o quinto congresso da F.O.R.A. (Federación Obrera Regional Argentina), num difícil clima de repressão governamental e policial contra a classe trabalhadora, com a declaração de estado de sítio, prisões, greves e manifestações duramente reprimidas.

      Este congresso aprovou e recomendou a todos os participantes que divulgassem os seus conhecimentos adquiridos, dos princípios económicos e filosóficos do comunismo anarquistas, e os ensinassem aos trabalhadores.

      A F.O.R.A. nasce cerca de 4 anos antes com a designação inicial de F.O.A. (Federación Obrera Argentina) com a participação de 50 delegados trabalhadores, socialistas e anarquistas, representando cerca de trinta associações de trabalhadores da capital argentina e do interior do país. No entanto, no congresso do ano seguinte as divergências de pontos de vista entre socialistas e anarquistas revelaram-se inconciliáveis separando-se, vindo então a corrente anarquista a constituir a F.O.R.A. no seu quinto congresso de 1905, num dia como o de hoje, mantendo a sua visão comunista-anarquista.

      A F.O.R.A. chegou a ter 250 mil membros. Em 1909 dá-se uma nova cisão de acordo com as duas distintas visões nascidas, passando a existir a FORA do 9º congresso (reformista) e a FORA do 5º Congresso (fiel ao ideal libertário).

      Abaixo podes ver uma imagem do 5º congresso e um carimbo da Federação.

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      Num dia como o de hoje (25 de agosto) do ano de 1900, isto é, há 112 anos, morria Friedrich Nietzsche, um dos maiores e controversos filósofos do século XIX.

      Crítico da cultura ocidental, das suas religiões e, consequentemente, da moral judaico-cristã, Nietzsche é, juntamente com Marx e Freud, um dos autores mais controversos na história da filosofia moderna.

      Nietzsche considera o Cristianismo e o Budismo como “as duas religiões da decadência”, embora afirme haver uma grande diferença nessas duas concepções. O budismo para Nietzsche “é cem vezes mais realista que o cristianismo”.

      Até cerca de onze anos antes da sua morte, Nietzsche não cessa de escrever a um ritmo sempre crescente, terminando de forma abrupta em Janeiro de 1889 com uma “crise de loucura” com a qual passou, inicialmente, a considerar-se, alternativamente, figuras míticas: Dionísio e Cristo, expressando-se em bizarras cartas, afundando-se depois num silêncio quase total até à sua morte.

      Após a sua morte, a sua irmã Elizabeth falseou alguns escritos com o propósito de apoiar a causa anti-semita e o nacional socialismo (Nazismo) de Hitler, aproveitando-se este de alguns aspetos e interpretações para a sua ideologia e propaganda nazi, colagem esta que fez com que o cidadão comum viesse a considerar Nietzsche como mais um nazi, rejeitando os seus escritos sem sequer os ponderar. A irmã veio a ser bem tratada pelo regime fascista, morrendo confortavelmente.

      Friedrich Nietzsche quis ser o grande “desmascarador” de todos os preconceitos e ilusões do género humano, aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceites; por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos, designadamente, a moral tradicional, a religião e a política não são para ele nada mais que máscaras que escondem uma realidade inquietante e ameaçadora, cuja visão é difícil de suportar.

      Nietzsche golpeou violentamente essa moral que impede a revolta dos indivíduos inferiores, das classes subalternas e escravas contra a classe superior e aristocrática que, por um lado, pelo influxo dessa mesma moral, sofre de má consciência e cria a ilusão de que mandar é por si mesmo uma forma de obediência. Essa traição ao “mundo da vida” é a moral que reduz a uma ilusão a realidade humana e tende asceticamente a uma fictícia racionalidade pura.

      Com efeito, Nietzsche procurou arrancar e rasgar as mais idolatradas máscaras.

      A vida só se pode conservar e manter-se através de imbricações incessantes entre os seres vivos, através da luta entre vencidos que gostariam de sair vencedores e vencedores que podem a cada instante ser vencidos e por vezes já se consideram como tais. Neste sentido a vida é vontade de poder ou de domínio ou de potência, vontade essa que não conhece pausas, e por isso está sempre criando novas máscaras para se esconder do apelo constante e sempre renovado da vida; pois, para Nietzsche, a vida é tudo e tudo se esvai diante da vida humana. Porém as máscaras, segundo ele, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçam destruí-la.

      Não existe via média, segundo Nietzsche, entre aceitação da vida e renúncia. Para salvá-la, é mister arrancar-lhe as máscaras e reconhecê-la tal como é: não para sofrê-la ou aceitá-la com resignação, mas para restituir-lhe o seu ritmo exaltante, o seu merismático júbilo.

      Na sua obra “O Anticristo” afirmava:

      «O cristianismo tomou o partido de tudo o que é fraco, baixo, incapaz, e transformou em um ideal a oposição aos instintos de conservação da vida saudável; e até corrompeu a faculdade daquelas naturezas intelectualmente poderosas, ensinando que os valores superiores do intelecto não passam de pecados, desvios ‘tentações’. O mais lamentável exemplo: a concepção de Pascal, que julgava estar a sua razão corrompida pelo pecado original; estava corrompida sim, mas apenas pelo seu cristianismo!»

      Num dia como o de hoje (24 de agosto) mas do ano de 1898 (há114 anos), nascia no Funchal (ilha da Madeira, Portugal) Francisco Quintal.

      Quintal foi um importante militante e propagandista anarquista e anarco-sindicalista português.

      Filho de uma família burguesa, faz os seus estudos na escola náutica de Lisboa e descobre o anarquismo aos 15 anos, com os escritos de Jean Grave, começando a frequentar as “Juventudes Sindicalistas”.

      A partir de 1921 começa a colaborar com alguns grupos anarquistas, como “Novos Horizontes” ou “Grupo Anarquista Claridade”, vindo a representar a União Anarquista Portuguesa (UAP) no Congresso Anarquista de Alenquer em 18 de março de 1923.

      A U.A.P. lança em 1925 o seu órgão de imprensa, o jornal “O Anarquista”, que Francisco passa a coordenar.

      Em julho de 1927 é de novo delegado da U.A.P. ao congresso de Valencia (Espanha) onde se decide a criação da Federação Anarquista Ibérica.

      A polícia fascista acaba por o considerar o chefe dos anarquistas portugueses e prende-o e deporta-o para Angola, na altura uma colónia portuguesa, até 1929, regressando a Portugal onde milita clandestinamente na F.A.R.P. (Federação Anarquista da Região Portuguesa) e colabora ativamente com as publicações anarquistas da época, como: “O Argonauta”, “A Batalha”, “A Comuna” e outras e dedica-se ainda à tradução, de forma clandestina, de inúmeras obras anarquistas como “Les Syndicats et la Révolution Sociale” de Pierre Besnard.

      Durante os anos da ditadura mantém, juntamente com a militante Miquelina Sardinha, sua companheira, uma atividade política possível, mantendo a sua atividade de capitão da marinha mercante, que lhe proporcionou novos contactos com muitos companheiros de diversos países.

      Com a queda da ditadura (25 de Abril de 1974), funda em Almada, com outros anarquistas, como Adriano Botelho, o Centro de Cultura Libertária e edita o jornal “Voz Anarquista”.

      Veio a falecer de um enfarte, em Lisboa, a 4 de fevereiro de 1987.

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      Já há mais de um mês que Milton Hall, um sem-abrigo e doente mental, foi fuzilado na via pública por 6 polícias.

      Ocorreu no dia 1 de julho, três dias antes das comemorações nos EUA do Dia da independência.

      Este acontecimento passou um pouco desapercebido até que agora surgiu um vídeo amador de alguém que assistiu e decidiu colocá-lo na Internet, tornando assim mundial o problema local.

      Os seis agentes responsáveis terão disparado cerca de 40 (não um nem dois, nem três… mas quarenta) tiros.

      Milton Hall recebia uma pensão de invalidez e tinha 49 anos de idade.

      A sua mãe, Jewel Hall, afirmou em entrevista a um canal de televisão norteamericano que «havia outra saída». «Não tinham de o matar. Ele não tinha feito nada, não era violento. Não era um assassino, não era um criminoso», acrescentando que os agentes da autoridade pareciam «um pelotão de fuzilamento».

      Há mais de 30 anos que Milton residia na localidade de Sanginaw e, segundo a mãe, «Toda a gente o conhecia, até a polícia».

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      A seguir está uma síntese traduzida e adaptada de um artigo publicado no sítio “A Las Barricadas”, sob o título “El Fuego es Político”, cujo texto original e integral podes ver em: http://www.alasbarricadas.org/noticias/node/21654.

      «Desde os meios de comunicação de massas e as notas oficiais, é costume considerar-se que as catástrofes naturais são o resultado de um fenómeno de sorte e azar. Atribui-se ao acaso e ao azar o facto de uma zona se desmoronar perante um terramoto, sofrer um incêndio ou se inundar.

      Se bem que a sorte é um fator do processo, no sentido da aleatoriedade, não é, no entanto, um fator predominante. De facto, são os factores socio-económicos e políticos que marcam a diferença entre um acidente e um desastre, tendo grande influência nestes processos.

      Por um lado, o perigo de sofrer um incêndio nas zonas de clima e ecossistema mediterrânico são mais altas que num clima e ecossistema atlântico. É próprio dos ecossistemas mediterrânicos arderem com certa periodicidade, já que o fogo é a perturbação que equilibra o ecossistema, mas nos incêndios naturais de um ecossistema não alterado, em que o fogo ocorre com uma baixa frequência, em períodos de uns 50 anos, e de baixa intensidade, com uma extensão pequena, permitindo que nessas pequenas parcelas haja regeneração do bosque.

      Os incêndios de grandes extensões e grande intensidade, provocam um grande número de impactos ambientais, como a perda de solo, avanço da desertificação e a alteração do ciclo hidrológico normal, por modificação das condições de infiltração da água no solo.

      Perante isto, poderíamos pensar que é no ecossistema mediterrânico onde ocorrem predominantemente os incêndios na Península Ibérica, no entanto, tanto em Espanha como em Portugal, a maior parte dos incêndios (mais de 70%) ocorre nas áreas atlânticas.

      De uma forma global, o primeiro ponto em que alteramos o equilíbrio entre fogo e bosque é a nossa sistemática destruição e fragmentação de habitats e desequilíbrio de ecossistemas. Ao fazer isto, aumentamos a frequência e a intensidade dos incêndios, quando nos ecossistemas deixam de existir certas cadeias tróficas que eliminam o material combustível. Devido ainda a certas estruturas de transporte, podemos também aumentar a extensão do incêndio, e, em simultâneo, estamos ainda a dificultar a autorregeneração, já que esta fragmentação impede a chegada de novos elementos, animais e vegetais, que colonizem o espaço queimado.

      Finalmente, a introdução de espécies (animais e vegetais) que não são próprias do ecossistema, tornam-se espécies invasoras que, perante estes fenómenos, invadem o habitat prejudicando as espécies autóctones.

      Não só destruímos habitats à custa do tijolo e do alcatrão, tem também havido a prática de queimar terrenos para mais tarde requalificá-los e urbanizá-los, pese embora a diversa legislação entretanto lançada para evitar essa requalificação. Por outro lado, a dinâmica económica tem funcionado no sentido do abandono do campo e do monte. Quando deixamos de aproveitar de forma sustentável o monte, isto é, num saudável equilíbrio de quem se sabe dependente da Natureza para se alimentar e para obter materiais e lenha, o monte deixa de se “limpar” de possíveis combustíveis e estes acumulam-se, ficando o material seco que faz aumentar a probabilidade do fogo, tanto em frequência como em intensidade e extensão. Ou seja, as tendências socio-económicas influem decisivamente nos nossos incêndios.

      Por outro lado, constata-se que a maior parte do monte é propriedade privada, o que acarreta um problema acrescido por inacessibilidade das comunidades aos terrenos privados para aproveitamento florestal e pastoreio.

      É importante ainda ter em conta a relevância que têm as queimadas do monte para a obtenção de pastos para os animais. Uma grande parte dos incêndios parece ter origem nesta forma intencional de obtenção de área para pastagens. Nota-se ainda a falta de implementação prática dos planos de proteção, com aplicação real das limpezas florestais, zonas de contenção, vigilantes, profissionais e meios de intervenção rápida, etc.

      Existem casos de catástrofes naturais onde o trabalho dos voluntários pode ser muito útil e efetivo. No caso do fogo, deveria produzir-se na fase de prevenção, limpando de combustível o monte e já não tão eficaz será a utilização de voluntários para o combate ao fogo, aqui se requerendo a eficácia de profissionais bem treinados e conhecedores da propagação do fogo no terreno, nesse terreno concreto que bem devem conhecer, com contratos laborais estáveis que os vinculem a determinada área que fica sob sua responsabilidade, em detrimento de contratos pontuais de pessoas que nem conhecem os locais, nem têm grande interesse no assunto por serem contratados apenas para alguns dias ou para um ou dois meses. O profissional contratado a tempo inteiro, tem estabilidade financeira e laboral, quer haja ou não incêndios, não tendo interesse sequer em que haja incêndios para ser contratado, o que se suspeita já não ocorra com o pessoal pontualmente contratado, o qual tem interesse nos incêndios, havendo até um grande interesse económico, quando se utilizam empresas privadas de helicópteros ou hidroaviões, por exemplo, os quais só ganham dinheiro se houverem incêndios.

      No passado dia 22 de julho, a Greenpeace, recorrendo a dados oficiais governamentais, anunciou que a superfície queimada era de 137 mil hectares, ou, na habitual conversão: 137 campos de futebol. Tendo em conta que o ano de 1994 foi o ano mais catastrófico de incêndios, com 138,5 campos de futebol, este ano parece que se atingirá um novo recorde. Nota que estes campos de futebol não são terrenos de relva da Monsanto mas antes terrenos de uma riqueza ecológica infinita.

      Não perdemos 137 ou mais campos de futebol, mas sim grandiosos ecossistemas dos quais dependemos intrinsecamente. Nenhum progresso poderá salvar-nos de uma hecatombe de desertificação e cimento, pelo que temos que ter consciência de que as políticas governamentais estão a atirar para o fogo, para além da lenha, a nós próprios; a nossa própria vida e sobrevivência.»

      A empresa mineira “Lonmin” (https://www.lonmin.com/), com sede em Londres e exploração em Marikana (a cerca de 100 Km de Joanesburgo), na África do Sul, anunciou hoje que, afinal, não vai despedir os trabalhadores em greve, apesar de os ter ameaçado que se hoje não votassem ao trabalho perderiam o emprego.

      Cerca de 30% dos trabalhadores voltaram ao trabalho enquanto os restantes, reunidos no exterior das instalações mineiras, decidiam continuar a greve, pelo menos por mais uma semana, também de luto pelos 34 mineiros mortos pela polícia, insistindo, no entanto, que preferem morrer a voltar à escravatura da mina.

      Há quatro dias atrás, e após uma semana de greve, a polícia disparou indiscriminadamente sobre os manifestantes tendo morto 34 e ferido 78 mineiros. A polícia referiu que o fez como autodefesa, uma vez que os grevistas para eles se dirigiam com a intenção de os atacar.

      Um mineiro afirmava a um jornal sul-africano: «Já morreram pessoas, por isso não temos mais nada a perder… Vamos continuar a lutar por aquilo que acreditamos ser uma luta legítima por ordenados que permitam viver. Preferimos morrer como os nossos companheiros a desistir. A única coisa que pode acabar com esta greve é uma resposta positiva da administração. Ainda me pergunto por que é que a administração se recusa a negociar connosco.»

      Os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho e um aumento de salário para o triplo do que ganham actualmente: cerca de 300 euros.

      Antes da morte dos 34 mineiros já tinham morrido 10 pessoas em confrontos entre dois sindicatos e entre os trabalhadores e a polícia.

      O chefe da polícia sul-africana, Riah Phiyega, disse que os polícias que dispararam sobre os grevistas não devem arrepender-se do que aconteceu: «A segurança pública não é negociável. Não lamentem o que aconteceu.»

      O massacre foi já amplamente classificado como o pior derramamento de sangue em confrontos entre polícia e trabalhadores desde o fim do apartheid, em 1994.

      O presidente do país (Jacob Zuma) decretou uma semana de luto e criou uma comissão interministerial para lidar com a crise, reiterando que é necessário um inquérito judicial e afirmando que: «Temos de evitar apontar o dedo e recriminar. Temos de nos unir contra a violência.»

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Angiolillo

Posted on: 20/08/2012

      Num dia como o de hoje, do ano de 1897 (há 115 anos), foi executado com o garrote o anarquista italiano Michele Angiolillo Lombardi, com 26 anos de idade (1871-1897), na prisão de Vergara (Guipúzcoa) (Pais Basco) (Espanha).

      A sua condenação à morte foi motivada pelo atentado que cometeu contra o presidente do conselho espanhol (António Cánovas del Castillo).

      Angiolillo era adepto da propaganda pelos atos, tendo escrito diversos artigos que, considerados subversivos, lhe valeram condenação a 18 meses de prisão pela publicação.

      Depois de Itália, viveu em Marselha, Barcelona, Bruxelas, Lisboa, Paris e Madrid.

      A sua execução ocorreu 12 dias após o atentado. Angiolillo foi até à estação balnear de Santa Agueda, no País Basco, onde, com quatro tiros de revólver, mata o político reacionário presidente do conselho espanhol, responsável pela tortura e pela execução de anarquistas em maio desse ano em Montjuich (Barcelona), bem como contra a guerra colonial que a Espanha mantinha nessa altura em Cuba. Uma vez concretizado o atentado deixou-se prender.

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      Num dia como o de hoje (19 de agosto), do ano de 1888, saia à luz em Sevilha (Espanha) o jornal “La Solidaridad”.

      Este quinzenário sairá durante 59 números até 1889.

      No número de 12 de janeiro de 1889 é publicado o artigo de Mella “La Anarquia no admite adjetivos” (O Anarquismo não admite/necessita adjetivos).

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