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      Uma equipa de astrónomos europeus e americanos acaba de anunciar a descoberta de moléculas de açúcar (glicoaldeído) no gás que rodeia uma estrela jovem do tipo solar.

      É a primeira vez que o açúcar é detetado no espaço em torno de uma tal estrela e a descoberta mostra que os blocos constituintes da vida se encontram no local certo e na altura certa, de modo a serem incluídos em planetas que se estejam a formar em torno daquela estrela.

      O glicoaldeído já tinha sido observado anteriormente no espaço interestelar por duas vezes, mas esta é a primeira vez que é descoberto tão perto de uma estrela com massa semelhante ao Sol, a distâncias comparáveis à distância de Urano à nossa estrela.

      O autor principal do artigo científico (que será brevemente publicado na revista Astrophysical Journal Letters) refere que “No disco de gás e poeira que circunda esta estrela recém-formada encontrámos uma forma de açúcar simples não muito diferente do açúcar que pomos no café”, acrescentando que “esta molécula é um dos ingredientes na formação do RNA, que – tal como o ADN (DNA), ao qual está ligado – é um dos blocos constituintes da vida”.

      “A grande questão é: qual a complexidade que estas moléculas podem atingir antes de serem incorporadas em novos planetas? Esta questão pode dizer-nos algo sobre como a vida aparece noutros locais e as observações do ALMA serão vitais para desvendar este mistério.”

      ALMA significa: Atacama Large Millimeter/submillimeter Array e é uma parceria entre instituições da Europa, América do Norte e o Leste Asiático, em cooperação com o Chile. Na Europa o ALMA é financiado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), organização a que Portugal pertence. O telescópio está no deserto de Atacama (Chile).

      A construção do ALMA ainda não está concluída e só estará completa em 2013, quando as suas 66 antenas parabólicas de alta precisão estiverem completamente operacionais. Este telescópio constitui atualmente o maior projeto astronómico que existe no Mundo.

      A estrela denomina-se IRAS 16293-2422 e situa-se a 400 anos-luz de distância da Terra, o que a torna num excelente alvo para os astrónomos que estudam as moléculas e a química em torno de estrelas jovens.

      Daqui a muitos anos, quando já houver seres vivos nesses planetas adorarão alguns deuses que lá os terão colocado? E se algum desses deuses enviar um suposto filho representante ao planeta e este representante vier a ser morto à vassourada, será que a vassoura se pode tornar o símbolo de uma nova religião?


      Investigadores canadianos descobriram no Uruguai indícios que vêm provar que os animais viviam na Terra há 585 milhões de anos.

      Antes desta descoberta, confirmada através de análises espetrométricas, os mais antigos vestígios de vida animal tinham sido datados, na Rússia, em 555 milhões de anos.

      Os autores da investigação, publicada na revista científica “Science”, encontraram num sedimento lamacento traços fossilizados de um animal primitivo, o bilatério, caraterizado pela simetria bilateral do seu corpo (que está na origem do seu nome) e pela presença de um tubo digestivo e de órgãos diferenciados.

      Os bilatérios deixavam igualmente uma marca única quando se moviam.

      Segundo os cientistas, os traços fossilizados deixados por um dos animais desta espécie indicam que a sua musculatura permitia que se movessem nos sedimentos do fundo do mar. Por outro lado, a forma dos seus movimentos revela também uma adaptação resultante da procura de comida, constituída por elementos orgânicos dos sedimentos.


      Acaba de ser anunciado, pela Universidade de Lisboa, que a sepultura de um cão encontrada no ano passado num concheiro mesolítico junto a Alcácer do Sal (Portugal), tem 7600 anos e constitui a sepultura canina mais antiga do sul da Europa.

       As análises realizadas conseguiram não apenas situar a altura em que o animal foi enterrado, mas também definir que a sua dieta incluía 25% de proteína de origem marinha. Junto ao rio, não é de estranhar que a alimentação dos donos, e consequentemente do cão, incluísse peixe ou crustáceos.

      Os trabalhos de escavação do sítio arqueológico de Poças de São Bento, junto a Alcácer do Sal, continuam, acreditando os arquólogos que ainda haverá mais surpresas.

      O cão foi removido do local por uma equipa do Museu Nacional de Arqueologia, de Lisboa, onde poderá ser exposto brevemente.


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      De acordo com os dados recolhidos em investigação e ora publicados na revista “Psychological Science”, as pessoas mais distraídas, são mais criativas porque acumulam mais informação.

      Os investigadores Daniel Levinson e Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) e Jonathan Smallwood, do Instituto Max Planck (Suíça), chegaram à conclusão que existe uma relação entre uma memória mais operacional e a tendência do cérebro em dispersar-se quando realiza tarefas diárias.

      A equipa de investigação reuniu um grupo de voluntários a quem foi pedido realizar tarefas simples, como premir um botão ao ler determinada letra num ecrã ou ao ritmo de cada inspiração. Mediante as atividades em que se dispersavam mais, os investigadores mediam a memória operacional, através da memorização de séries de letras enquanto resolviam problemas matemáticos.

      As conclusões do estudo relacionaram a maior memória operacional com a tendência da mente para se dispensar. Segundo Jonathan Smallwood “os resultados sugerem que as atividades rotineiras, como andar de autocarro ou tomar banho é, provavelmente, são realizadas através da memória operacional”. E Daniel Levinson explica que “funciona como se a atenção estivesse tão absorvida por outros pensamentos que não sobrasse espaço para recordar o que pretendiam fazer”.


      Um jovem indiano de 16 anos acaba de resolver o enigma que Newton lançou há 350 anos, tendo sucesso onde muitos matemáticos falharam.

      Shouryya Ray colocou um ponto final ao mistério que Isaac Newton levantou ao criar duas teorias sobre a dinâmica das partículas, relativamente às quais apenas se tinha conseguido uma aproximação nos últimos anos mas nunca a solução.

      O jovem conseguiu calcular corretamente a trajetória precisa de um projétil submetido à força da gravidade e à resistência do ar, estimando com exatidão o tipo de impacto e ressalto que sucedem quando um corpo bate contra uma parede.

      E disse assim: «Quando os meus professores me disseram que estas questões não tinham solução, pensei: Bem, não custa tentar… Talvez esta ingenuidade de estudante me tenha ajudado».

      O jovem viu-se confrontado com o problema durante uma visita à Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha, onde forneceram aos alunos dados em bruto para calcularem a trajetória de uma bola.

      Sabe-se que este jovem, no entanto, já conseguia resolver equações de elevada dificuldade quando tinha apenas 6 anos.

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      Acaba de ser descoberta a mais antiga aldeia de agricultores das ilhas do Mediterrâneo, descoberta no Chipre, reforçando a convicção de que as primeiras comunidades agrícolas migraram do Médio Oriente para a Europa, conforme revela a investigação publicada na revista “Proceedings of the National Academy of Science”.

      As pesquisas, realizadas por arqueólogos franceses no sítio arqueológico de Klimonas, demonstraram que as comunidades agrícolas se estabeleceram no Chipre entre 9.100 e 8.600 anos a.C, ou seja, apenas alguns séculos depois de os primeiros sedentários do Neolítico terem começado a cultivar cereais no Médio Oriente, por volta de 9.500 anos a.C.

      O “Centro Nacional de Investigação Científica” francês refere que os arqueólogos encontraram vestígios de uma construção coletiva em terracota, com 10 metros de diâmetro e semi-enterrada, que deveria servir para armazenar as colheitas, e em redor da qual se reagrupavam as construções de uso doméstico. No seu interior, foram descobertas algumas oferendas, como flechas em sílex.

      Os arqueólogos também encontraram restos de grãos carbonizados de plantas locais e cereais.


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      Nos últimos meses, as descobertas e os acontecimentos à volta de Leonardo da Vinci têm sido nada menos que épicos. E, curiosamente, vindo de pontos distintos do continente europeu: da National Gallery de Londres, do Palazzo Vecchio, em Florença, do Museu do Prado, em Madrid, e, mais recentemente, do Louvre (Paris).

      Faltam ainda sete anos para se cumprirem cinco séculos sobre a morte do inigualável génio do Renascimento (1452-1519), mas um conjunto de acasos e circunstâncias está a fazer destes últimos meses, sem nenhuma estratégia concertada, nem nenhuma efeméride, um tempo de redescoberta da pintura do mestre do “sfumatto”.

      Há de tudo: uma exposição que será irrepetível, a da National Gallery (de novembro de 2011 a fevereiro de 2012), Leonardo pintor na corte de Milão, que reuniu o número assombroso de nove pinturas de Leonardo, num esforço diplomático sem paralelo; a descoberta, no Prado, de uma “nova” Mona Lisa, pintada ao seu lado por um discípulo; uma petição internacional, que reclamou que um fresco de Giorgio Vasari no Palazzo Vecchio de Florença não fosse danificado com estudos para se determinar se por baixo estaria a famosa Batalha de Anghiari, de Leonardo, e, finalmente, acusações de que o Louvre estragou sem remédio a última obra-prima de da Vinci.

      Santa Ana, a última obra-prima de Leonardo da Vinci, está em exposição no Hall Napoleão do Louvre, de 29 de março a 25 de junho, sendo o culminar desta sequência de cartadas triunfais e, de certa maneira, um ponto final justo.

      Foi em França que Leonardo morreu, praticamente no colo do Rei Francisco I, e é no Louvre que se encontra a maioria das suas telas conhecidas (admite-se que tenha pintado 20, das quais só 16 têm sem dúvidas a sua impressão digital). No Louvre estão oito, incluindo aquela que é a quintessência da sua técnica e do seu enigma, Mona Lisa.

      A exposição do Louvre, que está a atrair as esperadas multidões (só no primeiro fim-de-semana teve 30 mil visitantes), começou com a decisão da direção do museu de restaurar o quadro Santa Ana, a Virgem e o Menino. Em 9 de setembro de 2008, foi dado o primeiro passo deste megaprojeto que, no entanto, de acordo com Vincent Pomarède, o diretor do Departamento de Conservação do Louvre, em declarações à revista Beaux Arts, estava em banho-maria desde 2004. «Tomei consciência que um reexame completo das obras de da Vinci se impunha». Porém, só em 2008, o Centro de Pesquisa e de Restauro dos Museus de França (C2RMF), após uma bateria de exames, decide que o verniz que cobre a pintura foi danificado, a obra está em risco e o restauro é urgente.

      No filme disponível em DVD Léonard de Vinci, la restauration du siècle, que é um making of que acompanha os momentos cruciais de três anos de trabalho, conta-se como durante as primeiras duas semanas, através das técnicas mais avançadas, a obra foi escrutinada milímetro a milímetro. Deste trabalho, diz-se no vídeo, «resultou a descoberta de uma pintura fantasma coberta por séculos de vernizes». E na parte de trás do quadro os especialistas encontraram três desenhos inacabados de Leonardo: uma cabeça de cavalo, uma criança e meio crânio.

      A partir daqui, o restauro foi entregue a Cinzia Pasquali, uma romana com a competência técnica (já trabalhou em mais de 270 estaleiros de restauro, incluindo na Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes) e também, diz-se, com a força de caráter para aguentar a pressão de pôr as mãos numa obra de Leonardo, uma tarefa técnica e psicologicamente árdua.

      O projeto do Louvre foi, desde o início, acompanhado por um comité de uma vintena de especialistas internacionais em Leonardo, chamados a reunir em momentos-chave, com o objetivo de diluir a pressão de decisões importantes que haveriam de ser tomadas ao longo do caminho.

      A certo ponto, uma maioria defendia uma remoção extensa dos velhos vernizes que foram dando a toda a pintura um tom castanho amarelado e que encheram de nódoas o vestido da Virgem Maria e os rostos de uma espécie de impinges. Pasquali, manifestamente deslumbrada com as descobertas que ia fazendo, de uma pintura cada vez mais leve e luminosa, próxima de uma aguarela, onde as manchas das vestes da Virgem davam lugar a um intenso azul, lutava corajosamente por “limpar” o mais possível, ou seja, recuperar o esplendor inicial da pintura.

      A direção do Louvre, no meio da polémica que entretanto chegaria à imprensa internacional – com a demissão de Ségolène Bergeon Langle, uma reputadíssima conservadora francesa, e de Jean-François Cuzin, que fizeram acusações graves de o Louvre ter levianamente estragado a obra –, manteve uma posição cautelosa: limpar apenas quase tudo.

      Diz Pasquali que «a polémica não prejudicou nem o meu trabalho nem a minha concentração. É muito fácil dizer: atenção, estão a estragar um Leonardo, sem apresentar provas palpáveis. O Louvre demonstrou com análises químicas que o quadro não corria nenhum risco. Que interesse teria em estragar uma das suas obras-primas? Tenho a certeza de que toda a gente se vai apaixonar por este quadro.»

      A obra retrata, de forma revolucionária para a época, e numa composição imitada vezes sem conta, a Virgem Maria com o seu filho e a sua mãe, uma personagem secundarizada nos relatos bíblicos.

      A exposição do Louvre exibe agora uma Santa Ana, a Virgem e o menino que é uma nova pintura: «Foi uma descoberta. Não sabia que havia tantas cascatas. Há mesmo um riacho e pequenas personagens ao fundo. Foi um momento maravilhoso», confessa Vincent Pomarède.

      Martin Kemp, professor de História de Arte do Trinity College de Oxford diz que o trabalho terá sido feito com «tato e sensibilidade». E, embora reconheça exagero «na novidade das descobertas», surgidas no estaleiro, encontra alguns novos pontos de debate: «Damo-nos conta de que Leonardo fez uma surpreendente quantidade de mudanças enquanto concebia a pintura. O restauro também tornou visível que parte da pintura é tão delicada como uma aguarela».

      A última obra-prima de Leonardo da Vinci, terá sido iniciada ao mesmo tempo que a Mona Lisa, no entanto Leonardo a ela voltaria durante 15 anos, tendo morrido sem lhe dar as últimas pinceladas. Por isso, o Louvre pediu ao Prado de Madrid, o empréstimo de uma réplica tardia da Mona Lisa, já que seria impensável retirar a verdadeira Gioconda da Grande Galeria. Mas num golpe de sorte, quando iniciaram uma limpeza preparatória, o que os técnicos do Prado encontraram, sob uma camada de tinta escura, que fazia de fundo, à maneira dos pintores flamengos, foi uma paisagem semelhante à da tela do Louvre.

      O achado, que fez manchetes ao longo do mês de fevereiro, aponta para a grande probabilidade (dada a semelhança das hesitações e mudanças de traçado nos dois quadros irmãos) de a chamada Mona Lisa do Prado ter sido feita ao mesmo tempo que Leonardo executava a sua obra-prima e provavelmente, dizem os peritos, terminada ainda antes.

      Um facto muito perturbador na longa discussão entre a autenticidade e a cópia. O aluno a quem os especialistas estão a atribuir a “réplica” é Salai, dito como um dos preferidos de da Vinci entre os seus alunos. Para Martin Kemp, no entanto, a recente descoberta do Prado está a ser sobreavaliada e supermediatizada: «Não é surpresa nenhuma que uma cópia fosse feita no ateliê». Aliás, quem for à exposição do Louvre verá que uma das temáticas centrais é a do experimentalismo obsessivo de Leonardo e a maneira como os seus discípulos executavam sucessivos ensaios exploratórios da obra do mestre.

      De qualquer maneira, esta descoberta reverbera uma nova luz sobre a Mona Lisa – uma obra tão sacrossanta que será preciso certamente algo parecido com uma bula papal para ser libertada dos seus velhos vernizes. A irmã gémea, com um rosto ligeiramente diferente da de Leonardo, com um sorriso mais terreno, limpa da velha maquilhagem, mostra uma Lisa Gherardini mais jovem e palpável do que o rosto envelhecido e oxidado que está no Louvre.


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      Quando alguém é atingido pela calvície, a possibilidade do cabelo voltar a crescer de forma natural é, praticamente, impossível. Mas com a ajuda da bioengenharia, o “milagre” pelo qual muita gente espera pode estar para breve.

      Uma equipa de investigadores japoneses desenvolveu uma nova técnica com células estaminais capaz de regenerar totalmente o pelo. Em ratos adultos sem pelos nem bigodes, os cientistas implantaram germes de folículo piloso e conseguiram que os pelos crescessem sãos e fortes. O trabalho está publicado na «Nature Communications».

      Depois de experimentar em ratos de laboratório, os investigadores estão agora a preparar-se para realizar ensaios clínicos em seres humanos, a ocorrer em cerca de três anos para encontrar uma cura para a alopecia e problemas capilares semelhantes.

      Dirigidos por Takashi Tsuji, professor na Universidade da Ciência, em Tóquio, os investigadores reconstruíram o pelo com células de pele e células estaminais de vibrissa, mais conhecida como “bigode”.

      Os folículos criados através da bioengenharia desenvolveram as estruturas corretas e as ligações adequadas com os tecidos circundantes; a pele, os músculos e os nervos.

      Não foi detetada qualquer diferença entre estes pelos e os naturais. O estudo, acreditam os cientistas, é um avanço no desenvolvimento da próxima geração das terapias regenerativas para substituição de órgãos danificados por doenças, lesões ou envelhecimento.

      Mais info e artigo completo em:
http://www.nature.com/ncomms/journal/v3/n4/full/ncomms1784.html

      Josheph Miller, cientista da Universidade da Califórnia (EUA), após reanálise da informação captada pela sonda da NASA Viking 1 da recolha de solo de Marte, conclui e afirma que “com o que temos feito até agora, eu diria que tenho 99 por cento de certezas de que há vida lá.”

      Em julho de 1976, a sonda Viking 1 aterrou em Marte e, nessa altura, os cientistas não conseguiram encontrar vestígios de vida no planeta vermelho. No entanto, mais de trinta anos depois, a informação foi reanalisada. Uma nova análise, feita às mesmas amostras recolhidas em 1976, estudou a complexidade de cada uma delas e concluiu-se que as pesquisas iniciais estavam erradas.

      O novo estudo mostra que há evidências de vida microbiana, ou seja, há indícios de vida em solo marciano. “Estas análises sugerem que a Viking detetou vida microbiana em Marte”, revelou o cientista Miller Josheph.

      A reavaliação do primeiro estudo justificou-se devido à descoberta de percloratos no solo, no local onde aterrou a Phoenix, outra sonda da NASA, em 2008. A presença de substâncias químicas em amostras da Viking levaram os cientistas a concluir que as amostras estariam contaminadas.


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      Uma equipa internacional de astrónomos descobriu uma rara galáxia de forma rectangular, denominada: “Leda 074886”. Esta galáxia-anã que se encontra a 70 milhões de anos-luz da Terra perece, como dizem os astrónomos, com um “corte de diamante”. Até agora conheciam-se três tipos de galáxias: espirais (como a Via Láctea), elípticas e irregulares.

      Esta descoberta aconteceu quando os astrónomos usavam o telescópio japonês Subaru Prime Focus (Suprime-Cam) para observar os aglomerados globulares à volta da NGC 1407, uma galáxia gigante na constelação Eridanus. No canto da imagem encontraram uma galáxia-anã com uma forma muito invulgar.

      Alister Graham (da Swinburne University of Technology, Austrália) autor principal do artigo agora publicado no «Astrophysical Journal» admite que o achado fez sorrir os astrónomos, pois esta galáxia “não deveria existir, ou melhor, não se esperava que existisse”.

      Leda 074886 não é fácil de ver porque é pouco luminosa, devido ao seu baixo brilho intrínseco. Tem 50 vezes menos estrelas do que a Via Láctea e a distância a que se encontra da Terra equivale a pôr em fila 700 galáxias como a nossa, que conta 100 mil anos-luz de diâmetro.

      Uma das possibilidades propostas pelos investigadores é que esta rara galáxia “se tenha formado por colisão de duas galáxias aspirais, fazendo com que as estrelas que já existiam em ambas acabassem por se distribuir nas órbitas maiores, criando essa forma de corte de diamante; o gás concentrou-se no plano médio onde se condensou para formar as estrelas e o disco que se observa”, explica Duncan Forbes, da mesma universidade.

      Talvez daqui a 3 mil milhões de anos, quando a nossa galáxia colidir com a Andrómeda, se tornem numa galáxia de aspecto rectangular, dizem os cientistas.

      Esta descoberta permite aos astrónomos obter informação preciosa para estudar o modelo de outras galáxias.


      Uma equipa científica luso-espanhola acaba de revelar a descoberta, no Mar Mediterrânico, do ser vivo mais velho da Terra. Trata-se de uma planta marinha que terá pelo menos 100 mil anos.

      A descoberta foi publicada na semana passada na revista científica “Public Library of Science One” e refere-se a um trabalho científico que decorreu entre 2005 e 2009, tendo por objecto a planta Posidónia oceânica.

      «Nunca se tinha encontrado na Terra um ser com uma idade tão avançada», garantiu a investigadora Ester Serrão, do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve.

      Ester Serrão comparou os métodos laboratoriais para determinar a «pegada genética» dos espécimes aos usados para fazer testes de paternidade em humanos ou nas investigações que se podem seguir a um crime, baseados nos marcadores genéticos existentes nas amostras recolhidas. Assentes naqueles métodos, a equipa luso-espanhola descobriu vários indivíduos da espécie, com cerca de 7 quilómetros e um mesmo indivíduo com um comprimento total de 15 quilómetros. Os cientistas não tiveram em consideração o maior espécime, de 15 quilómetros, como sendo contínuo, o que faria com que, aplicando-se a taxa de crescimento conhecida, a sua idade rondasse os 200 mil anos, tendo optado por datá-lo em 100 mil anos, datação que Ester Serrão garante ser cientificamente fiável, como «idade mínima», podendo pois ser superior.

      A cientista lamenta que, apesar da sua resistência e longevidade, a Posidónia oceânica esteja a desaparecer a uma taxa que se estima em 10% nos últimos 100 anos, sobretudo devido à turvação da água provocada pela poluição marítima, lembrando que a erva marinha se alimenta da luz do sol, pois faz a fotossíntese.

      A planta é indispensável para o desenvolvimento da biodiversidade no sul da Europa, sendo essencial para o crescimento e desenvolvimento de várias espécies de peixe, como elo da cadeia alimentar oceânica.

      Um estudo publicado pela “Virginia Tech” revela que as reuniões de trabalho ou os trabalhos de grupo ou em equipa têm um impacto negativo no QI (quociente de inteligência) dos trabalhadores ou membros do grupo, deixando-os menos inteligentes.

      De acordo com o estudo, as pessoas que trabalham em grupo têm piores resultados em testes de inteligência, uma vez que o seu cérebro está mais preocupado com a imagem e em “fazer boa figura” perante o grupo.

      O orientador do estudo, Read Montague afirma que «As reuniões fazem os nossos cérebros ficarem inertes».

      O estudo englobou vários grupos de voluntários que mostraram quebras significativas no QI quando lhes era pedido para revelarem as suas capacidades em contexto social.

      Mais info em: http://www.vt.edu/

      Investigadores americanos descobrem no fundo do mar os destroços de um cargueiro britânico (SS Port Nicholson), com uma carga de platina avaliada em três mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros), que foi torpedeado durante a II Guerra Mundial, a cerca de 50 quilómetros da cidade de Provincetown, no estado do Massachusetts.

      O navio tinha partido de Halifax, no Canadá, em direção a Nova Iorque quando foi torpedeado em 1942. Quatro pessoas morreram no naufrágio e 87 foram salvas.

      A empresa que se dedica à descoberta de tesouros subaquáticos (Sub Sea Research), procura este navio desde 2008, com a ajuda de um robô subaquático.

      Pelo menos 30 caixas que estavam a bordo do cargueiro britânico contêm lingotes de platina, metal precioso cujo preço tem registado uma subida exponencial desde o ano 2000, e para além disto a empresa prevê ainda que haja no navio naufragado mais 10 toneladas de ouro e possivelmente alguns diamantes industriais.

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      Um estudo coordenado por uma investigadora da Universidade do Minho (Braga, Portugal) descobriu uma molécula-chave que «abre novas perspetivas» no tratamento de doenças como Parkinson, Alzheimer, hipertensão hereditária e cancro, assim o afirmando Sandra Paiva, da Escola de Ciências da mencionada universidade.

      A Sandra explicou que as células produzem proteínas responsáveis pela entrada dos nutrientes disponíveis ou preferidos e destruindo as proteínas que não são necessárias. No estudo, foi descoberta uma molécula-chave envolvida no processo de destruição de proteínas na célula. «Quando a molécula recebe informação da presença de determinado nutriente, destrói então os transportadores indesejáveis».

      Os resultados deste estudo representam «um grande avanço» na compreensão dos mecanismos de degradação de proteínas. As células de cancro, por exemplo, «necessitam de muita energia e ao conseguirmos reduzir o número de transportadores podemos de algum modo privá-las de alimento, tornando-as mais sensíveis à quimioterapia».

      O trabalho utilizou como modelo um microrganismo, a levedura do pão ou da cerveja, que é fácil de crescer em laboratório e partilha uma grande semelhança dos seus genes com os genes humanos.

      A investigação foi realizada por uma equipa coordenada por Sandra Paiva e por Sebastien León, do Instituto Jacques Monod da Universidade de Paris. A equipa integra ainda outros investigadores das universidades de Paris e Madrid.

      A investigação acaba de ser publicada na conceituada revista “Journal of Cell Biology” e foi premiada no “2011 Nature Cell Biology Poster Prize Winners”.

      Tudo indica que um espetador da televisão britânica BBC, após assistir ao programa “Stargazing Live”, descobriu um novo planeta, com dimensões semelhantes às de Neptuno e condições de ambiente e temperatura semelhantes às de Mercúrio.

      O planeta orbita em torno de uma estrela denominada SPH10066540 e tem, aparentemente, uma dimensão de quatro vezes superior à da Terra.

      Chris Holmes, é um britânico interessado pela astronomia e, após o pedido do programa televisivo, foi para a Internet analisar imagens de estrelas recolhidas pelo telescópio espacial Kepler, da NASA, contendo informações relativas a possíveis novos planetas.

      Qualquer pessoa pode participar nesta caçada aos planetas em http://www.planethunters.org, o sítio dos “caçadores de planetas”.

      A comprovar-se a existência deste novo planeta, será o quinto descoberto desde que o projeto “Planet Hunters” teve início.

      O telescópio Kepler está em atividade desde 2009 e tem vindo a observar uma determinada parte do espaço que se pensa ser muito semelhante ao nosso sistema solar.

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      Vários cientistas estão a confirmar algo que não acontecia há já mais de meio século: caíram na Terra alguns pedaços de uma rocha que se crê ser de Marte, após a colisão de um meteorito com o planeta vermelho que terá ocorrido há milhões de anos atrás.

      Os pedaços do meteorito vindo de Marte colidiram com a Terra em Julho, mais precisamente em Marrocos, mas só em finais de Dezembro é que os cientistas que examinaram o local puderam confirmar que, de facto, o material rochoso era natural do planeta vermelho.

      Os cerca de sete quilos de rocha foram descobertos por uma equipa de cientistas, composta por alguns elementos da NASA, que não tardaram a tentar explicar a origem e a viagem do meteorito.

      Os pedaços de rocha terão sido “arrancados” de Marte depois de «algo muito grande» ter colidido com o planeta. Um desses pedaços terá viajado durante milhões de anos pelo espaço até chegar à atmosfera da Terra, onde se terá desfragmentado em alguns pedaços menores que acabaram por aterrar em Marrocos, no Norte de África.

      A última vez que um meteorito marciano tinha colidido com a Terra foi em 1962 e, com os pedaços resgatados em Dezembro, os pedaços de rocha do planeta vermelho que acabaram no nosso planeta somam já cerca de 110 Kg.

      A colisão de novos pedaços de rocha marciana já lançou uma corrida entre cientistas. A expressão “a preço de ouro” é neste caso insuficiente, pois as pessoas que encontraram os pedaços rochosos estão a vendê-los a preços dez vezes superiores aos praticados com o ouro.

      Uma onça das rochas, equivalente a cerca de 28 gramas, está a ser vendida por um preço dez vezes superior à onça de ouro. Chris Herd, o coordenador da comissão que certificou a descoberta, foi sucinto a explicar o panorama: «É uma amostra grátis de Marte, não fosse o facto de termos que pagar aos negociadores».

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      A História da descoberta da Austrália pode vir a ser alterada, porque uma criança de 11 anos fez uma descoberta.

      Christopher Doukas casualmente descobriu, já em janeiro de 2010, um canhão feito de bronze, que tudo indica ter pertencido a uma embarcação portuguesa dos séculos XV e XVI.

      O ano passado, a mãe do jovem contactou o Museu de Darwin para alertar os responsáveis sobre a descoberta. Contudo, só nas últimas semanas é que o objeto foi solicitado para ser estudada a sua autenticidade.

      Os especialistas vão agora tentar perceber se a presença do artefacto significa que os portugueses chegaram à costa norte da Austrália no século XVI, ou seja, antes dos holandeses.

      A História diz que o primeiro contacto europeu com a Austrália data de 1606, aquando da chegada de um navio holandês. No entanto, já os portugueses haviam ocupado a ilha de Timor um século antes, estando esta a apenas 700 quilómetros da costa australiana, pelo que não é descabido que o primeiro contacto dos europeus com a Austrália haja acontecido cerca de 100 anos antes do que a História australiana conta.

    Acaba de ser descoberta na Alemanha uma carta escrita em julho de 1823 pelo célebre compositor Ludwig van Beethoven. A carta estava inserida numa coleção pertencente à bisneta do destinatário, coleção esta doada, após a sua morte, no ano passado, ao Instituto de Música Brahms.

    O documento é composto por três páginas, está avaliado em cerca de 150 mil euros e o seu conteúdo resume-se a um pedido de Beethoven dirigido ao seu colega e compositor Franz Anton Stockhausen, para conseguir compradores para a sua mais recente peça: “Missa solemnis”, que o próprio considera uma das suas obras mais importantes.

    Na carta podem ler-se queixas de Beethoven, que alega estar doente e sem dinheiro. «O meu baixo rendimento e a minha doença exigem esforços», escreveu o compositor, que morreu quatro anos depois de compor a partitura para a qual procurava comprador.

    Beethoven queixa-se de doença ocular e que tenta encontrar um médico que goste de música. Com 53 anos de idade, quando escreveu a carta, continua relatando que a educação de seu sobrinho era dispendiosa e que o garoto precisaria de apoio após a sua morte.

    A escrita, que se inclina para a direita, dá a impressão de bagunçada e está repleta de correções e rabiscos.

    Na parte final, explica ao destinatário que «todas as cartas para mim não precisam de nada além de “para L. v. Beethoven em Viena” e eu recebo tudo», ou seja, explica que não precisa de morada, sendo conhecido em Viena.

    A carta vai ser apresentada ao público na próxima semana (dia 18 de janeiro) no museu do Instituto Brahms, onde estará em exposição até ao dia 29.

      Físicos norteamericanos apoiados pelo Pentágono acabam de anunciar que desenvolveram um sistema de «invisibilidade temporal» capaz de tornar um acontecimento indetetável durante uma ínfima fracção de segundo.

      Esta possibilidade, ainda experimental, de invisibilidade inspirou-se nas pesquisas que há muito se realizam na obtenção de uma espécie de «capa da invisibilidade» popularizada pela saga literário-cinematográfica juvenil de Harry Potter. No caso, em vez de esconder um objeto no espaço, esconde-se no tempo.

      «Os nossos resultados representam um passo significativo para a obtenção de uma capa espácio-temporal completa», assim o diz Moti Fridman, da Universidade Cornell de Nova Iorque, no estudo publicado na revista científica Nature.

      A descoberta dos físicos explora o facto de que as frequências da luz se moverem a velocidades ligeiramente diferentes. Essa capa de invisibilidade temporal começa com a difusão de um raio de luz verde por um cabo de fibra ótica. Este raio atravessa uma lente que o divide em duas frequências distintas: uma luz azul que se propaga um pouco mais rápido que o raio verde original e outra vermelha, ligeiramente mais lenta. A minúscula diferença da velocidade entre os dois raios obtidos é aumentada pela interposição de um obstáculo transparente. É criada, assim, uma espécie de «lacuna temporal» entre os raios vermelho e azul que viajam pela fibra ótica.

      Um intervalo pequeno, de apenas 50 milésimos de nanossegundos, é suficiente para intercalar uma descarga de laser de frequência diferente da luz que passa pela fibra ótica. Depois dessa descarga, os raios vermelhos e azuis sofrem um tratamento inverso: um novo obstáculo acelera o vermelho e desacelera o azul e uma lente reconstitui os dois feixes para produzir um único raio verde. Esse feixe de laser, de 40 milésimos de nanossegundos, não faz parte do fluxo de fotões da luz reconstituída e por isso é indetetável.

      A experiência assemelha-se a uma passagem de nível que corta uma estrada muito movimentada, comentaram Robert Boyd e Zhimi Shi, engenheiros óticos da também nova-iorquina Universidade de Rochester. Quando chega um comboio, os carros param, o que provoca um «buraco» no fluxo de tráfego. Quando o comboio passa, os veículos aceleram até alcançar os que os antecedem. Para um observador, o fluxo de circulação parece normal já que não há nenhuma prova da passagem das carruagens pelo cruzamento.

      A próxima etapa para os pesquisadores é ampliar este intervalo temporal que esconde o acontecimento, destacaram Boyd e Shi. Mas consideram que esta invisibilidade temporal poderia ter aplicações imediatas para garantir as comunicações porque o procedimento permite fracionar os sinais óticos e fazê-los viajar a velocidades diferentes antes de reuni-la, o que dificulta muito a interceptação de dados.

      A pesquisa é financiada em parte pela DARPA, uma agência do Departamento de Defesa Americano dedicada a desenvolver tecnologias futuristas que podem ter usos militares.

      As faldas descartáveis, na realidade, não são nada descartáveis. Quando depositadas num aterro sanitário podem demorar séculos a degradarem-se.

      Esta lenta decomposição das fraldas descartáveis e a sua eliminação em grande escala tornam este resíduo num grave problema para a sociedade moderna.

      Numa investigação recente, realizada na Universidade Metropolitana Autónoma da Cidade do México, verificou-se que a utilização de cogumelos pode acelerar o seu processo de decomposição.

      No artigo, publicado na revista científica “Waste Management”, está descrito que “cultivar o tipo certo de cogumelo em fraldas pode degradar cerca de 90% dos seus materiais num período de dois meses e em quatro meses estão degradadas completamente.”

      Na investigação foram utilizados os cogumelos Pleurotus ostreatus que, na natureza, crescem em árvores mortas e se alimentam de celulose que é o principal material das fraldas.

      Estes cogumelos são comestíveis, mesmo os que se alimentaram das fraldas durante o seu crescimento. Segundo a investigadora Vázquez-Morillas, o uso culinário destes cogumelos foi uma das razões que a levaram a escolhê-los para o estudo.

      Contudo, a ideia de que os cogumelos, após degradarem as fraldas, podem ser vendidos e consumidos é controversa. Na prática, a dieta destes cogumelos pode ser uma barreira à sua comercialização. Mas Vázquez-Morillas insiste: “são mais limpos que a maioria dos vegetais que se podem encontrar no mercado, pelo menos no México.”

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      Cientistas britânicos acabam de comunicar que os metais preciosos, incluindo o ouro e a platina, vieram do espaço há milhares de milhões de anos.

      Os investigadores, da Universidade de Bristol, chegaram à conclusão após analisar amostras de algumas das pedras mais antigas do mundo, na Groenlândia. Segundo eles, os isótopos encontrados nessas formações – átomos que identificam a origem e idade dos materiais – são claramente diferentes daqueles que se originaram na Terra.

      Esta verificação vem confirmar a teoria de que os metais preciosos que usamos hoje chegaram ao planeta numa violenta chuva de meteoros quando a Terra tinha apenas 200 milhões de anos.

      «O nosso trabalho mostra que a maior parte dos metais preciosos nos quais se baseiam as nossas economias e muitos processos industriais foram adicionados ao nosso planeta por coincidência, quando a Terra foi atingida por cerca de 20 mil milhões de toneladas de material espacial», diz Mathias Willbold, que liderou a pesquisa da Universidade de Bristol.

      Durante a formação da Terra, o planeta era uma massa de minerais derretidos, que era constantemente atingida por grandes corpos cósmicos. O centro da Terra foi criado a partir de metais em estado líquido que afundaram.

      De acordo com os cientistas, a quantidade de ouro e outros metais preciosos presente no coração do planeta seria suficiente para cobrir toda a superfície da Terra com uma camada de quatro metros de profundidade.

      A concentração de todo o ouro e outros metais no centro do planeta deveria ter deixado as camadas externas da Terra praticamente livres da presença desses materiais, por isso a origem do ouro que exploramos na superfície e no manto terrestre (a camada imediatamente abaixo da crosta terrestre) já havia sido motivo de especulações no mundo científico.

      O estudo foi publicado na revista científica “Nature”.

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      E se as pilhas elétricas ou baterias recarregáveis deixassem de ser necessárias e existisse antes um dispositivo que absorvesse a energia radiada no ambiente?

      Ricardo Fernandes, um mestrando da Universidade de Aveiro (Portugal) foi recentemente premiado pelo centro Fraunhofer Portugal devido ao desenvolvimento de um dispositivo de comunicação que captura e armazena energia necessária à comunicação e gravação de dados.

      O protótipo apresentado no Fraunhofer Challenge 2011 pelo Ricardo é um dispositivo “relativamente pequeno, reconfigurável e capaz de receber e transmitir informação sem fios”. Em vez de uma bateria, “o protótipo inclui um sistema que lhe permite absorver a energia radiada por um emissor RF”. Este conceito de captar energia do meio ambiente só por si “já é muito interessante”, mas o trabalho serviu para demonstrar que, “de facto, pode ser implementado na prática, com bons resultados”, garante o investigador.

      Ricardo diz que o dispositivo pode ser usado para múltiplos fins, como, por exemplo, “colocar eletrónica sem bateria dentro de objetos (como uma mesa ou uma cadeira) durante o processo de fabrico, o que faria com que cada objeto pudesse ter a sua própria identificação eletrónica e fazer parte de uma rede local (sem fios) de objetos. Considerando essa rede local e outras semelhantes ligadas à internet, o resultado seria uma rede de objetos à escala global”.

      Nos próximos passos da investigação, Ricardo pretende “abordar a questão da existência de vários sistemas de recolha de energia diferentes no mesmo dispositivo” e da “localização de objetos em espaços interiores feita de forma totalmente passiva”.

      A Universidade de Granada (Espanha) acaba de anunciar que uma equipa de investigadores confirmaram que os morangos têm um efeito protetor do estômago.

      Os cientistas forneceram etanol (álcool etílico) a cobaias de laboratório e comprovaram que a mucosa gástrica daquelas que previamente tinham comido extrato de morango sofria menos lesões. Os efeitos positivos dos morangos estão associados à capacidade antioxidante que ativam as próprias enzimas e defesas do organismo.

      As conclusões do trabalho mostram que uma dieta rica em morangos pode exercer um efeito benéfico na prevenção de doenças gástricas, de modo que esta fruta poderia atenuar a formação de úlceras gástricas em humanos.

      A gastrite ou inflamação da mucosa do estômago, além de se relacionar com o consumo de álcool, também pode ser gerada por infeções e pela ação de remédios anti-inflamatórios não-esteróides (como a aspirina). Nestes casos ingerir morangos durante ou depois da patologia poderá aliviar a lesão na mucosa gástrica.

      A equipa de investigadores é muito diversa e encontra-se dispersa por várias universidades: a Universidade Politécnica da Marche (UNIVPM), na Itália; as universidades espanholas de Barcelona, Granada e Salamanca e ainda a Universidade de Belgrado, na Sérvia.

      Numa gruta (Blombos) perto da Cidade do Cabo (África do Sul) acaba de ser descoberta a forma de arte mais antiga da Humanidade, confirmando-se que o Homo Sapiens usava tinta há 100 mil anos atrás e não há 60 mil anos como se pensava, isto é, com esta descoberta, alargou-se o horizonte em 40 mil anos.

      Investigadores franceses e sul-africanos encontraram martelos e tiras de couro, usados para a fabricação de ocre (um tipo de argila em pó), bem como outros elementos moídos, como ossos de mamíferos, pedaços de pedras e carvão. O pó era armazenado em conchas de moluscos do mar. Da mistura do pó com líquidos nasciam pigmentos de cores com vermelho e amarelo.

      O artigo da descoberta foi publicado na revista “Science”. Christopher Henshilwood, que liderou a investigação, acredita que esta descoberta é um marco na cognição humana porque demonstra que o Homo sapiens, de há 100 mil anos atrás, tinha a capacidade de armazenar substâncias que usava nas suas práticas sociais e diz: “O Homo sapiens, naquele período, era muito mais inteligente do que pensávamos. Inclusive, era capaz de promover artes razoavelmente sofisticadas, pelo menos 40 mil ou 50 mil anos antes de qualquer exemplo conhecido desta ciência”.

      A mistura de pigmentos poderia ser usada para preparar peles de animais, pintar o corpo ou mesmo as paredes da caverna, embora ainda haja pouca informação sobre estes dados. Henshilwood acredita que havia um propósito simbólico.

      Até agora a maior velocidade conhecida era a da luz (definida em 299 792 458 metros por segundo, no vácuo). Tal velocidade sempre nos pareceu ser o limite do nosso conhecimento e constam da Teoria da Relatividade de Albert Einstein.

      O centro Nacional de Investigação Científica (CNRS, sigla em francês) acaba de indicar que a velocidade da luz foi ultrapassada, embora ligeiramente, pela velocidade verificada nos neutrinos.

      Os neutrinos são partículas elementares da matéria, consideradas fantasma ou camaleão. O neutrino pode estar um milhão de vezes mais presente no universo do que cada um dos constituintes dos átomos, mas continua a ser incrivelmente difícil de detetar.

      O neutrino, que desde os anos 1960 intriga os físicos, é desprovido de carga elétrica, o que lhe permite atravessar paredes. A cada segundo, 66 mil milhões das suas partículas fantasmagóricas atravessam o equivalente a uma unha humana. No entanto, um neutrino emitido pelo Sol tem apenas uma hipótese em cem milhões de chegar à Terra.

      Emitidos pelas estrelas e pela atmosfera, os neutrinos podem ser criados pela radioatividade dita beta, como a das centrais nucleares. Assim que um protão se transforma num neutrão (eletricamente neutro) ou um neutrão se transforma num protão, esta mutação sucede acompanhada pela emissão de um eletrão negativo ou positivo e de um neutrino (ou de um anti-neutrino).

      “A existência de um modelo que pudesse explicar porque o neutrino é tão pequeno, sem se dissipar, teria profundas implicações na compreensão do nosso universo: como era, como evoluiu, e como eventualmente, morrerá”, explicou António Ereditato, físico do Instituto Nacional de Física Nuclear da Itália.

      Caso seja confirmada esta medição por outras experiências, este “resultado surpreendente” e “totalmente inesperado” face às teorias formuladas por Albert Einstein poderá abrir “perspetivas teóricas completamente novas”, sublinha o CNRS.

      As medições efetuadas pelos especialistas desta investigação, a que se chamou Opera, concluíram que um feixe de neutrinos percorreu os 730 quilómetros que separam as instalações do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN), em Genebra, do laboratório subterrâneo de Gran Sasso, no centro de Itália, a 300 006 quilómetros por segundo, ou seja, uma velocidade superior em seis quilómetros por segundo à velocidade da luz.

      Pese embora a teoria de Albert Einstein estivesse tão bem confirmada, este exemplo vem uma vez mais chamar-nos a atenção para o facto da Ciência não ser nenhuma religião, pelo que as verdades que possui são-no apenas na época em que existem com os conhecimentos detidos mas sempre prontas a serem derrubadas por novas verdades, igualmente provisórias até que uma nova verdade se venha a comprovar. Einstein já deitara por terra as teorias de Newton, que também foram verdades inabaláveis, e agora, uma vez mais – e como sempre deve ser –, tudo parece indicar que as teorias de Einstein também cairão por terra.

      A agência espacial norteamericana NASA acaba de anunciar a descoberta de um planeta que orbita ao redor de duas estrelas, algo semelhante ao planeta imaginário Tatooine, presente na saga de ficção científica Guerra nas Estrelas (Star Wars).

      Os cientistas já conheciam a existência de planetas circumbinários (que orbitam duas estrelas), porém, esta é a primeira vez que conseguiram captar o movimento do planeta em redor dos seus dois sóis. A descoberta foi alcançada graças às imagens do observatório espacial Kepler.

      Este planeta recebeu o nome de Kepler 16-B.

      Durante o anúncio da descoberta, em entrevista coletiva, os cientistas intercalaram imagens reais com extratos do filme de George Lucas.

      “Mais uma vez, o que costumava ser ficção científica tornou-se realidade”, declarou Alan Boss, um dos cientistas que participa do projeto, à revista Science, que publicou a descoberta.

      Embora apresente uma densidade superior a média e viaje numa órbita quase circular de 229 dias ao redor das suas duas estrelas, o novo planeta parece-se com Saturno.

      Klepler 16-B foi detetado a cerca de 200 anos luz da Terra e demonstra a diversidade dos planetas existentes na Via Láctea, considerou Nick Gautier, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, na Califórnia.

      As duas estrelas representam 20% e 69% da massa do nosso Sol, respetivamente, e seguem uma órbita original de 41 dias uma em torno da outra, aponta o estudo.

      Dada a relação do planeta com as suas estrelas, Doyle e a sua equipa também levantaram a hipótese que o planeta tenha se formado no próprio disco de pó e gás que originou ambos os sóis.

      Kepler é a primeira missão da NASA capaz de encontrar planetas do tamanho da Terra na chamada “zona habitável”, região de um sistema planetário onde pode existir água em estado líquido na superfície do planeta em órbita.

      Uma equipa da Universidade de Liverpool, coordenada por um investigador português (João Pedro Magalhães), conseguiu a primeira sequenciação do genoma completo do Heterocephalus glaber, vulgarmente conhecido como rato-toupeira-nu, um animal que possui uma inusitada resistência à dor, às doenças – tal como o cancro – e à velhice, já que vive mais de 30 anos [considerada uma vida longa por comparação com outros roedores]., sendo o único mamífero capaz de reparar danos no seu ADN.

      Este roedor é normalmente encontrado no sul da Etiópia, Quénia e Somália e é famoso por ser o rato mais feio do mundo e viver em ambientes adversos. No entanto, as restantes características, que o distinguem dos demais, captaram a atenção da equipa coordenada pelo cientista português, especialmente pela sua longevidade e metabolismo, cujo trabalho gira em torno da genética do envelhecimento.

      É um animal com falta de sensação de dor na pele e tem um metabolismo muito baixo que lhe permite viver no subsolo, com níveis de oxigénio limitados.

      O cientista explica que “Dedicamo-nos à biologia e genética do envelhecimento e estamos, sobretudo, interessados no rato-toupeira pela sua longevidade. Vive mais de 30 anos e é um animal bastante pequeno” – o que o torna mais cativante, dada a relação entre o tamanho e a longevidade –, “por exemplo, mamíferos grandes, como as baleias e os elefantes, vivem muito mais tempo do que animais de volume menor, tal como os roedores”. O rato-toupeira-nu é uma exceção à regra e consegue ser mais pequeno do que um rato comum. Por todas estas razões, “temos um enorme interesse em estudar os mecanismos de envelhecimento e a sua enorme capacidade de resistência a doenças e ao cancro”.

      Concluiu o cientista que “A sua capacidade de reparação de danos de ADN e de resistência a doenças tem como objetivo final ser usada a favor dos seres humanos em doenças do envelhecimento, como Alzheimer e outras”.

      Acabam de ser descobertas mais 17 pirâmides no Egito.

      A descoberta foi feita por satélites viajando a cerca de 700 quilómetros da órbita da Terra que conseguem, utilizando um sistema de raios infravermelhos, captar imagens de pirâmides escondidas debaixo de terra.

      Através de uma técnica inovadora foi possível analisar as imagens captadas e encontrar 17 pirâmides e ainda milhares de locais arqueológicos escondidos dos olhos humanos há muitos séculos.

      A utilização desta técnica pioneira está a cargo de uma equipa chefiada pela egiptóloga Sarah Parcak da Universidade do Alabama, nos EUA.

      Para a egiptóloga há ainda muito a ser descoberto, pois «esses são somente os locais mais próximos da superfície» e explica: «Este é o começo do nosso trabalho».

      Por cerca de 2200 euros, estão a ser vendidos bebés chineses para o estrangeiro.

      De acordo com uma investigação levada a cabo pelas autoridades chinesas e reportada pelo “The Telegraph”, que cita a “Caixin Century Magazine”, alguns oficiais policiais recolhiam à força crianças dos seus pais, sob o argumento da política de filho único, com o intuito de as venderem.

      Apurou-se que na província de Hunan foram retiradas às famílias pelo menos 20 bebés que foram vendidos na Holanda e nos Estados Unidos.

      Esta não é a primeira vez que surgem relatos dando conta de incidentes deste género, e por isso vai crescendo a contestação à política de filho único no país e à corrupção instalada no Partido Comunista da China.

      O tema gerou 33500 comentários no portal chinês mais conhecido da internet, antes de ser eliminado pelos serviços de censura chineses.

      Em declarações à revista, um camponês explicou que até 1997 as autoridades derrubavam as nossas casas, mas desde 2000 que começaram a confiscar as crianças.

      Outro pai disse que em 2005 ficou sem a sua filha, devido a uma confusão depois de a ter deixado com familiares quando foi trabalhar para outra zona. A família ainda tentou “comprar” a filha de volta no dia seguinte por 660 euros, mas já não foi possível. O pai da bebé recebeu, posteriormente, a hipótese de poder ser autorizado a ter duas crianças se não levantasse problemas relativamente àquele incidente, mas o seu casamento já se tinha desmoronado.

      Foi descoberto na floresta tropical brasileira um fungo que não tem corpo próprio e se apodera do corpo de uma formiga, passando a controlar a mente da formiga, levando-a a andar para onde pretende o fungo, assim transformando a formiga num zombie.

      Os cientistas anunciaram na passada semana a descoberta de quatro tipos desta espécie de “Ophiocordyceps unilateralis”; fungos “alienígenas” que infetam as formigas e tomam controlo do seu cérebro, pretendendo com este controlo deslocar-se para locais ideais onde pode crescer e espalhar os seus esporos e, uma vez atingido tal objetivo, o fungo mata a formiga, por já dela não necessitar.

      As quatro espécies agora identificadas usam diferentes técnicas para espalharem os seus esporos depois de infetarem a formiga. Enquanto umas se espalham saindo através do cadáver, outras desenvolveram esporos que explodem e quando outras formigas passam atingem-nas, transformando-as em novos zombies.

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