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Posts Tagged ‘Astronomia

      Uma equipa de astrónomos europeus e americanos acaba de anunciar a descoberta de moléculas de açúcar (glicoaldeído) no gás que rodeia uma estrela jovem do tipo solar.

      É a primeira vez que o açúcar é detetado no espaço em torno de uma tal estrela e a descoberta mostra que os blocos constituintes da vida se encontram no local certo e na altura certa, de modo a serem incluídos em planetas que se estejam a formar em torno daquela estrela.

      O glicoaldeído já tinha sido observado anteriormente no espaço interestelar por duas vezes, mas esta é a primeira vez que é descoberto tão perto de uma estrela com massa semelhante ao Sol, a distâncias comparáveis à distância de Urano à nossa estrela.

      O autor principal do artigo científico (que será brevemente publicado na revista Astrophysical Journal Letters) refere que “No disco de gás e poeira que circunda esta estrela recém-formada encontrámos uma forma de açúcar simples não muito diferente do açúcar que pomos no café”, acrescentando que “esta molécula é um dos ingredientes na formação do RNA, que – tal como o ADN (DNA), ao qual está ligado – é um dos blocos constituintes da vida”.

      “A grande questão é: qual a complexidade que estas moléculas podem atingir antes de serem incorporadas em novos planetas? Esta questão pode dizer-nos algo sobre como a vida aparece noutros locais e as observações do ALMA serão vitais para desvendar este mistério.”

      ALMA significa: Atacama Large Millimeter/submillimeter Array e é uma parceria entre instituições da Europa, América do Norte e o Leste Asiático, em cooperação com o Chile. Na Europa o ALMA é financiado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), organização a que Portugal pertence. O telescópio está no deserto de Atacama (Chile).

      A construção do ALMA ainda não está concluída e só estará completa em 2013, quando as suas 66 antenas parabólicas de alta precisão estiverem completamente operacionais. Este telescópio constitui atualmente o maior projeto astronómico que existe no Mundo.

      A estrela denomina-se IRAS 16293-2422 e situa-se a 400 anos-luz de distância da Terra, o que a torna num excelente alvo para os astrónomos que estudam as moléculas e a química em torno de estrelas jovens.

      Daqui a muitos anos, quando já houver seres vivos nesses planetas adorarão alguns deuses que lá os terão colocado? E se algum desses deuses enviar um suposto filho representante ao planeta e este representante vier a ser morto à vassourada, será que a vassoura se pode tornar o símbolo de uma nova religião?


     Todos os anos, por volta desta altura (agosto), é possível observar inúmeros meteoros, atingindo-se, no entanto o pico máximo de intensidade a meados do mês de agosto, como agora estamos, chegando a ser visíveis até 100 meteoros por hora quando a média do resto do mês ronda os 60 por hora.

     Trata-se da famosa e assim chamada: “Chuva de Meteoros das Perseidas”, fenómeno assim denominado pelo seu radiante na constelação de Perseus, isto é, pela ilusão ótica que faz com que nos pareça que o fenómeno provém daquela constelação.

     Entram na nossa atmosfera pequenos pedaços rochosos, a maioria menores que uma ervilha, que se tornam luminosos devido à sua elevada velocidade (cerca de 212 mil Km/h) e o atrito na atmosfera faz aumentar a temperatura dos corpos até ficarem incandescentes. As pequenas rochas vêm na cauda do cometa “Swift-tuttle”, cuja cauda se cruza nesta altura com a órbita terrrestre.

     O fenómeno pode ser visto em qualquer lugar e à vista desarmada mas será sempre preferível a observação em locais sem iluminação, longe dos aglomerados urbanos. Embora depois do dia de hoje a média de impactos desça, é sempre possível ver muitos meteoros até ao final do mês de agosto, ou seja, o que popularmente se chama de ver estrelas cadentes.

     Atenção que este fenómeno é assim visível mas no hemisfério norte, sendo menos exuberante, mas igualmente visível, no hemisfério sul.

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      Queres saber quanto tempo falta para que o Sol desapareça do horizonte e anoiteça?

      É muito simples: mede com os quatro dedos (sem o polegar) a distância que vai desde a linha do horizonte ao Sol mas cuidado para não olhares diretamente para o Sol pois pode danificar-te a vista.

      Cada dedo representa cerca de 15 minutos. Assim, se a distância que vês ao longe da linha do horizonte até ao limite inferior do Sol for de quatro dedos, teremos 4 x 15 m, isto é, 1 hora para que o Sol se ponha.

      Se o Sol estiver mais alto mede mais dedos, sendo que cada mão (de quatro dedos) representa 1 hora.

      Experimenta mas com cuidado, pois nunca se deve olhar diretamente para o Sol, usa óculos escuros de preferência e, mesmo assim, sê muito breve. Nota que o braço deve estar esticado e o tempo medido é do local onde estás no momento, pois se fores para outro local, o tempo será diferente.


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      Nikodem Poplawsky é um físico teórico da Universidade de Indiana (EUA) que afirma que o nosso Universo está dentro de um Buraco Negro, ou melhor, é o interior de um Buraco Negro, fora do qual se encontra outro Universo.

      Para Poplawsky, cada buraco negro (regiões no espaço onde nada, nem mesmo objetos que se movam à velocidade da luz, consegue escapar) produziria um universo diferente.

      A sua teoria pode explicar-se se se conceber o espaço-tempo como uma varinha unidimensional que se torce. Este mecanismo de torção é capaz de decompor a matéria em eletrões e em quarks (partículas subatómicas ínfimas) e a antimatéria em matéria escura. Dito de outro modo, esta torção seria a fonte de energia que se estende pelo espaço e que aumenta a taxa de expansão do universo.

      E como já é minimamente assente, entre a comunidade astrofísica, que o universo está em expansão, esta é a prova que Poplawsky achou suficiente para o fenómeno de torção.

      No campo da especulação científica, Poplawsky tem sido contestado, mas revistas importantes da área, como a Physics Letters B, têm publicado os seus trabalhos.


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      David Sobral está a liderar uma equipa de astrónomos na Universidade de Leiden (Holanda) numa investigação que, através de um método inovador, mostra que “as galáxias no Universo inteiro formam cada vez menos estrelas”.

      Segundo o investigador português, “utilizando melhores telescópios é possível detetar fontes extremamente ténues, cuja luz demorou milhares de milhões de anos a chegar até nós e, por isso, dá-nos a possibilidade de observar galáxias jovens tal como eram há muitos milhares de milhões de anos”.

      No entanto, existe a dificuldade de medir distâncias até essas fontes e por isso “há uma incerteza enorme” no quão para trás no tempo se está a olhar quando se estuda galáxias longínquas.

      É neste ponto que o método proposto pela equipa liderada pelo jovem cientista se destaca: “Através da combinação de dois filtros estreitos [em dois telescópios], capazes de identificar riscas espectrais características de galáxias com formação estrelar a uma distância particular no Universo, é agora possível fazer “scans” eliminando incertezas, obtendo uma informação “stereo” e em horas ou uma a duas noites, ao contrário das centenas de noites previamente necessárias”.

      Assim, para além de mostrar que “a técnica é um sucesso” e que a combinação de dois telescópios e dos dois filtros, um em cada telescópio, é “extremamente eficaz”, os resultados da investigação permitem obter uma “excelente determinação da história” da formação estelar do Universo.

      “Os nossos resultados mostram de forma inequívoca que a atividade de formação estelar no Universo como um todo tem estado a diminuir desde pelo menos os últimos 11 mil milhões de anos”, constata David Sobral. Isto significa, por exemplo, que “as estrelas “maduras” que hoje vemos na nossa galáxia foram maioritariamente formadas no passado distante”.

      De acordo com o investigador, “se a taxa de formação estelar no Universo continuar a diminuir tal como o tem feito nos últimos 11 mil milhões de anos, a quantidade de estrelas no Universo como um todo está neste momento muito perto do máximo possível”. Isto é, “mesmo que esperemos muitos milhares de milhões de anos mais, parece que o Universo só conseguirá ter cerca de cinco por cento mais estrelas do que aquelas que já existem atualmente”.


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      Uma equipa internacional de astrónomos descobriu uma rara galáxia de forma rectangular, denominada: “Leda 074886”. Esta galáxia-anã que se encontra a 70 milhões de anos-luz da Terra perece, como dizem os astrónomos, com um “corte de diamante”. Até agora conheciam-se três tipos de galáxias: espirais (como a Via Láctea), elípticas e irregulares.

      Esta descoberta aconteceu quando os astrónomos usavam o telescópio japonês Subaru Prime Focus (Suprime-Cam) para observar os aglomerados globulares à volta da NGC 1407, uma galáxia gigante na constelação Eridanus. No canto da imagem encontraram uma galáxia-anã com uma forma muito invulgar.

      Alister Graham (da Swinburne University of Technology, Austrália) autor principal do artigo agora publicado no «Astrophysical Journal» admite que o achado fez sorrir os astrónomos, pois esta galáxia “não deveria existir, ou melhor, não se esperava que existisse”.

      Leda 074886 não é fácil de ver porque é pouco luminosa, devido ao seu baixo brilho intrínseco. Tem 50 vezes menos estrelas do que a Via Láctea e a distância a que se encontra da Terra equivale a pôr em fila 700 galáxias como a nossa, que conta 100 mil anos-luz de diâmetro.

      Uma das possibilidades propostas pelos investigadores é que esta rara galáxia “se tenha formado por colisão de duas galáxias aspirais, fazendo com que as estrelas que já existiam em ambas acabassem por se distribuir nas órbitas maiores, criando essa forma de corte de diamante; o gás concentrou-se no plano médio onde se condensou para formar as estrelas e o disco que se observa”, explica Duncan Forbes, da mesma universidade.

      Talvez daqui a 3 mil milhões de anos, quando a nossa galáxia colidir com a Andrómeda, se tornem numa galáxia de aspecto rectangular, dizem os cientistas.

      Esta descoberta permite aos astrónomos obter informação preciosa para estudar o modelo de outras galáxias.


Primavera

Posted on: 20/03/2012

      Hoje, dia 20 de março, pelas 05:14 horas UTC (Tempo Universal Coordenado), ocorreu o Equinócio da Primavera no Hemisfério Norte.

      Esta estação prolongar-se-á até ao próximo Solstício que ocorrerá no dia 20 de Junho às 23:09 horas UTC.

      Designa-se por equinócio o instante em que o Sol, no seu momento anual aparente, corta o equador celeste. A palavra de origem latina significa “noite igual ao dia”, pois nos dias de equinócio, o dia e a noite têm igual duração.

      Tem-se verificado que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a se atrasar. Isto implica que, ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendem a ocorrer cada vez mais cedo. Assim, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido nos dias 20 de março.

      Prevê-se que, por volta do ano 2040, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só irá terminar no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três.


      Num dia como o de hoje (13 de fevereiro) mas do já antigo e longínquo ano de 1633 (há 379 anos) Galileu era detido pela Inquisição (espécie de polícia e tribunal da Igreja Católica) devido aos seus estudos e conclusões científicas, designadamente sobre o heliocentrismo.

      Galileu Galilei (Galileo Galilei em italiano) (1564-1642) foi um físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano que teve um papel preponderante na chamada Revolução Científica.

      Desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito do referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana.

      Melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro satélites de Júpiter, os anéis de Saturno e as estrelas da Via Láctea.

      Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo.

      Galileu desenvolveu ainda vários instrumentos e propôs uma nova metodologia científica, introduzindo um método científico que constituiu um corte com o método aristotélico e é, por este motivo, considerado como o “pai da ciência moderna”.

      As publicações dos seus estudos e conclusões teóricas cedo lhe valeram reconhecimento mas também muita polémica.

      A Inquisição pronunciara-se já em 1919 sobre a sua Teoria Heliocêntrica, declarando que a afirmação de que o Sol é o centro imóvel do Universo, movendo-se a Terra em seu torno, estava “teologicamente” errada, proibindo assim que se falasse da teoria contrária que até então se considerava, o Geocentrismo, isto é, que a Terra estava parada no centro do Universo e que todos os outros corpos celestes orbitavam em círculos concêntricos ao seu redor.

      Mantendo Galileu a sua ideia, foi julgado e condenado, proibindo-se os seus livros. A condenação obrigava-o a retratar-se publicamente sobre as suas teorias, afirmando que se enganara, e condenava-o ainda a prisão por tempo indefinido.

      No decorrer dos séculos, a Igreja Católica foi revendo a sua posição relativamente a Galileu, tendo iniciando em 1992, isto é, mais de 3 séculos após a sua condenação, um processo de revisão dessa condenação.

      O processo de revisão foi demorado e durou 7 anos!!!

      Em 1999 a Igreja Católica decidiu absolver Galileu da heresia cometida há mais de 3 séculos.

      Não, não te rias, porque isto é mesmo muito sério.

      A velocidade de rotação do planeta Vénus é inferior do que aquela que a comunidade científica tinha calculado até ao momento, conforme acaba de ser anunciado pela Agência Espacial Europeia (ESA), que comparou as suas últimas medições com as realizadas no início da década de 1990.

      Os resultados foram obtidos pela sonda Vénus Express, que entrou na órbita do planeta em Abril de 2006 para estudar em pormenor o planeta e a sua atmosfera mediante o seu “Espectrómetro de Imagem Infravermelha e Visível”, comprovando-se então que havia aspetos da superfície que não apareciam onde eram esperados.

      Os cientistas haviam estabelecido, com os dados anteriormente existentes, que uma rotação completa de Vénus equivalia a 243 dias da Terra, mas as observações da superfície facilitadas pela Vénus Express só poderiam coincidir com a primeira se os seus dias fossem 6,5 minutos superiores ao calculado.

      Recentes modelos atmosféricos mostraram que o planeta poderia ter diminuído os seus ciclos climáticos durante as últimas décadas, o que também poderia ter feito variar os períodos de rotação, mas nenhuma das razões com que a comunidade científica trabalha é definitiva.

      A importância de se conhecer com precisão a rotação do planeta prende-se com a necessidade de programar com exatidão futuras missões, selecionando lugares precisos de aterragem. O conhecimento do tamanho dos dias é importante, por exemplo, no nosso planeta, sabemos que a variação pode chegar a cerca de um milissegundo ao ano e que é afetada pelos ventos e marés nesse período.

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      Temos um buraco negro supermaciço mesmo no centro da Via Láctea que se prepara para engolir, durante os próximos anos, uma enorme nuvem de gás, conforme acaba de anunciar o Observatório Europeu do Sul (ESO).

      É a primeira vez que se observa a chegada deste tipo de nuvem perto de um buraco negro supermaciço. A ESO acrescenta ainda que a nuvem se aproxima a uma velocidade de oito milhões de quilómetros por hora, velocidade esta que tem aumentado, quase duplicando nos últimos anos. Atenção à velocidade: 8.000.000 Km/h, ou seja, 2350 Km/segundo.

      A progressão da nuvem é feita numa órbita muito alongada prevendo-se que durante o verão de 2013, a nuvem esteja a 40 mil milhões de quilómetros do horizonte dos acontecimentos do buraco negro, limite a partir do qual não se sabe o que acontece.

      O buraco negro, batizado “Sgr A” situa-se mesmo no coração da Via Láctea e apresenta uma massa quatro vezes superior à do Sol. A nuvem de gás ionizado que será engolida tem uma massa três vezes superior à da Terra.

      Quanto mais a nuvem, composta principalmente por hidrogénio e hélio, se aproxima do monstro, mais aumenta a velocidade, sob o efeito da enorme atração gravitacional do buraco negro. As margens da nuvem já apresentam sinais de decomposição.

      A temperatura da nuvem ronda agora os 280 graus centígrados mas deverá subir para vários milhões de graus quando estiver mais próxima do buraco negro e antes de ser engolida.

      Estes dois próximos anos anunciam-se apaixonantes. Deverão fornecer informações preciosas sobre o movimento da matéria em torno destes espantosos objectos maciços.

      Este buraco negro está situado a 27.000 anos-luz (um ano luz tem 9.460 mil milhões de quilómetros) da Terra e é o mais próximo da Terra.

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Asteróide

Posted on: 09/11/2011

      Acaba de passar (ontem) junto ao nosso planeta um asteróide do tamanho de um porta-aviões.

      Os cientistas de um programa específico da NASA que monitoriza este tipo de objetos espaciais descartaram qualquer hipótese de impacto, uma vez que a órbita rasante deste asteróide fica a 325000 Km. Os cientistas, no entanto, aproveitaram a proximidade para aprender mais acerca do asteróide que batizaram como “2005 YU55”.

     Desde a semana passada que todas as antenas na estação espacial da Califórnia estão viradas para a rocha de 0,4 Km e cuja superfície é composta por carvão negro e que gira lentamente através do espaço vinda da direcção do Sol.

      Os amadores que quiseram ver o asteróide precisaram de uma carta do céu e de um telescópio com mais de 15 centímetros, já que o asteróide esteve longe demais para ser visto a olho nu. 

      A última vez que um objeto cósmico deste tamanho passou perto do nosso planeta foi em 1976 e isto não vai acontecer novamente até ao ano de 2028.

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      Até agora a maior velocidade conhecida era a da luz (definida em 299 792 458 metros por segundo, no vácuo). Tal velocidade sempre nos pareceu ser o limite do nosso conhecimento e constam da Teoria da Relatividade de Albert Einstein.

      O centro Nacional de Investigação Científica (CNRS, sigla em francês) acaba de indicar que a velocidade da luz foi ultrapassada, embora ligeiramente, pela velocidade verificada nos neutrinos.

      Os neutrinos são partículas elementares da matéria, consideradas fantasma ou camaleão. O neutrino pode estar um milhão de vezes mais presente no universo do que cada um dos constituintes dos átomos, mas continua a ser incrivelmente difícil de detetar.

      O neutrino, que desde os anos 1960 intriga os físicos, é desprovido de carga elétrica, o que lhe permite atravessar paredes. A cada segundo, 66 mil milhões das suas partículas fantasmagóricas atravessam o equivalente a uma unha humana. No entanto, um neutrino emitido pelo Sol tem apenas uma hipótese em cem milhões de chegar à Terra.

      Emitidos pelas estrelas e pela atmosfera, os neutrinos podem ser criados pela radioatividade dita beta, como a das centrais nucleares. Assim que um protão se transforma num neutrão (eletricamente neutro) ou um neutrão se transforma num protão, esta mutação sucede acompanhada pela emissão de um eletrão negativo ou positivo e de um neutrino (ou de um anti-neutrino).

      “A existência de um modelo que pudesse explicar porque o neutrino é tão pequeno, sem se dissipar, teria profundas implicações na compreensão do nosso universo: como era, como evoluiu, e como eventualmente, morrerá”, explicou António Ereditato, físico do Instituto Nacional de Física Nuclear da Itália.

      Caso seja confirmada esta medição por outras experiências, este “resultado surpreendente” e “totalmente inesperado” face às teorias formuladas por Albert Einstein poderá abrir “perspetivas teóricas completamente novas”, sublinha o CNRS.

      As medições efetuadas pelos especialistas desta investigação, a que se chamou Opera, concluíram que um feixe de neutrinos percorreu os 730 quilómetros que separam as instalações do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN), em Genebra, do laboratório subterrâneo de Gran Sasso, no centro de Itália, a 300 006 quilómetros por segundo, ou seja, uma velocidade superior em seis quilómetros por segundo à velocidade da luz.

      Pese embora a teoria de Albert Einstein estivesse tão bem confirmada, este exemplo vem uma vez mais chamar-nos a atenção para o facto da Ciência não ser nenhuma religião, pelo que as verdades que possui são-no apenas na época em que existem com os conhecimentos detidos mas sempre prontas a serem derrubadas por novas verdades, igualmente provisórias até que uma nova verdade se venha a comprovar. Einstein já deitara por terra as teorias de Newton, que também foram verdades inabaláveis, e agora, uma vez mais – e como sempre deve ser –, tudo parece indicar que as teorias de Einstein também cairão por terra.

      A agência espacial norteamericana NASA acaba de anunciar a descoberta de um planeta que orbita ao redor de duas estrelas, algo semelhante ao planeta imaginário Tatooine, presente na saga de ficção científica Guerra nas Estrelas (Star Wars).

      Os cientistas já conheciam a existência de planetas circumbinários (que orbitam duas estrelas), porém, esta é a primeira vez que conseguiram captar o movimento do planeta em redor dos seus dois sóis. A descoberta foi alcançada graças às imagens do observatório espacial Kepler.

      Este planeta recebeu o nome de Kepler 16-B.

      Durante o anúncio da descoberta, em entrevista coletiva, os cientistas intercalaram imagens reais com extratos do filme de George Lucas.

      “Mais uma vez, o que costumava ser ficção científica tornou-se realidade”, declarou Alan Boss, um dos cientistas que participa do projeto, à revista Science, que publicou a descoberta.

      Embora apresente uma densidade superior a média e viaje numa órbita quase circular de 229 dias ao redor das suas duas estrelas, o novo planeta parece-se com Saturno.

      Klepler 16-B foi detetado a cerca de 200 anos luz da Terra e demonstra a diversidade dos planetas existentes na Via Láctea, considerou Nick Gautier, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, na Califórnia.

      As duas estrelas representam 20% e 69% da massa do nosso Sol, respetivamente, e seguem uma órbita original de 41 dias uma em torno da outra, aponta o estudo.

      Dada a relação do planeta com as suas estrelas, Doyle e a sua equipa também levantaram a hipótese que o planeta tenha se formado no próprio disco de pó e gás que originou ambos os sóis.

      Kepler é a primeira missão da NASA capaz de encontrar planetas do tamanho da Terra na chamada “zona habitável”, região de um sistema planetário onde pode existir água em estado líquido na superfície do planeta em órbita.

      Todos os anos, por volta desta data (12 de agosto), é possível observar inúmeros meteoros. No dia de hoje, será atingido o pico máximo de intensidade, sendo visíveis até 100 meteoros por hora quando a média ronda os 60 por hora.

      Trata-se da famosa e assim chamada: “Chuva de Meteoros das Perseidas”, fenómeno assim denominado pelo seu radiante na constelação de Perseus, isto é, pela ilusão ótica que faz com que nos pareça que o fenómeno provém daquela constelação.

      Entram na nossa atmosfera pequenos pedaços rochosos, a maioria menores que uma ervilha, que se tornam luminosos devido à sua elevada velocidade (cerca de 212 mil Km/h) e o atrito na atmosfera faz aumentar a temperatura dos corpos até ficarem incandescentes. As pequenas rochas vêm na cauda do cometa “Swift-tuttle”, cuja cauda se cruza com a órbita terrreste.

      O fenómeno pode ser visto em qualquer lugar e à vista desarmada mas será sempre preferível a observação em locais sem iluminação, longe dos aglomerados urbanos. Embora depois do dia de hoje a média de impactos desça, é sempre possível ver muitos meteoros até ao final do mês de agosto.

Primavera

Posted on: 19/03/2011

      Amanhã, dia 20 de março, pelas 23:21 horas UTC (Tempo Universal Coordenado), ocorre o Equinócio da Primavera no Hemisfério Norte.

      Esta estação prolongar-se-á até ao próximo Solstício que ocorrerá no dia 21 de Junho às 17:16 horas UTC.

      Designa-se por equinócio o instante em que o Sol, no seu momento anual aparente, corta o equador celeste. A palavra de origem latina significa “noite igual ao dia”, pois nos dias de equinócio, o dia e a noite têm igual duração.

      Tem-se verificado que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a se atrasar. Isto implica que, ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendem a ocorrer cada vez mais cedo. Assim, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de março.

      Prevê-se que, por volta do ano 2040, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só irá terminar no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três.

      O Mundo vai poder ver amanhã (19 de março) a maior lua cheia das últimas duas décadas.

      Amanhã é véspera de equinócio e a Lua vai parecer invulgarmente maior, porque vai ficar tão próxima da Terra como já não acontecia há 18 anos.

      O fenómeno de aproximação da Lua à Terra é designado perigeu (oposto ao apogeu, quando está mais afastada), explica-se por a órbita deste satélite não ser circular, mas elíptica, e a forma da elipse, a excentricidade da elipse, ir variando periodicamente, às vezes é mais alongada, outras mais curta.

      Neste perigeu a Lua estará a cerca de 356 mil quilómetros da Terra, enquanto que em média está à volta dos 360 mil quilómetros de distância. A Lua estará mais próxima da Terra cerca de quatro mil quilómetros, sendo 12% maior, à vista humana.

      Mas os fenómenos astronómicos do próximo fim-de-semana não se ficam por aqui: no domingo há o equinócio da primavera, dia que marca a mudança da estação e em que o dia e a noite têm exactamente a mesma duração.

      Quanto à influência que a aproximação da Lua pode ter sobre a Terra, designadamente desencadear catástrofes naturais, como se tem especulado ao longo dos anos, os cientistas afastam completamente essa hipótese. A Lua apenas exerce influência sobre as marés, prevendo-se apenas uma ligeira maior amplitude das marés. Por exemplo, no porto de Lisboa o Instituto Hidrográfico prevê para a altura da preia-mar 4,27 metros e baixa-mar de 0,20 metros, enquanto na lua cheia precedente as alturas foram de 4,21 e 0,12 metros. Apenas isso e nada de sismos, já que o comportamento da Terra depende do movimento das placas tectónicas, que por sua vez depende do movimento do magma no interior da Terra. São fenómenos muito lentos e independentes do movimento da Lua em torno da Terra.

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      Muda hoje a hora legal, atrasando-se uma hora o relógio durante esta madrugada.

      Assim, quando forem 2 horas da madrugada (já no domingo, o último domingo do mês de Outubro), voltamos à 1 hora, isto em Portugal continental e na Madeira, já nos Açores o atraso deverá ocorrer à 1 hora local.

      Esta nova hora, de Outono-Inverno durará até Março de 2010, altura em que adiantaremos para a hora de Primavera-Verão.

      O continente europeu tem três fusos horários e todos serão atrasados em 1 hora.

      Portugal, Grã-Bretanha e Irlanda encontram-se na mesma hora do meridiano de Greenwich, enquanto a maioria dos demais países europeus se regulam pelo meridiano de Berlim, com um avanço de 1 hora.

      O recuo de 1 hora acontece apenas por razões civis, uma vez que, em termos de correcção astronómica, bastaria com um recuo de 37 minutos, conforme explicou o director do Observatório Astronómico de Lisboa (Rui Agostinho), esclarecendo que a hora do meridiano de Greenwich está desfasada em apenas 37 minutos em relação à hora solar.

      Nos próximos 5 meses as noites cairão mais cedo.

      Todos os anos se discute o mesmo, com inúmeras pessoas, notícias e opiniões diversas sobre a contrariedade da mudança horária.

      Vê o mapa abaixo que ilustra as regiões que mudam de hora e deixa a tua opinião em comentário ao artigo.

      O telescópio espacial Hubble captou ontem imagens do resultado de uma colisão entre dois asteróides do nosso sistema solar.

      As imagens ora obtidas foram captadas de Janeiro a Maio deste ano e mostram um objecto com 130 metros de comprimento arrastando atrás de si um alonga cauda de partículas.

      O objecto, descoberto em Janeiro deste ano foi denominado P/2010 A2, corpo celeste com as características de um cometa e de um asteróide.

      De acordo com os astrónomos que seguiram a trajetória deste corpo celeste, dizem tratar-se do que restou do asteróide após ter colidido com um outro asteróide, de menor dimensão, com cerca de 3 a 5 metros de comprimento.

      A colisão terá ocorrido à velocidade de 18 mil quilómetros por hora, tendo o asteróide mais pequeno saído pulverizado do fatal encontro.

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      Pelo menos um dos seis exoplanetas planetas (extra-solares, isto é, que não gravitam o Sol) conhecidos que gravitam a estrela anã vermelha M3V (Gliese 581 – imagem abaixo) que se encontra a 20,3 anos-luz de distância da Terra, na Constelação de Balança, tem um elevado potencial para o desenvolvimento de vida, devido à forte probabilidade de conter água em estado líquido.

      O planeta Gliese 581 g encontra-se nos “cachinhos dourados”, a zona habitável da sua estrela-mãe.

      Esta descoberta foi anunciada ontem e acredita-se ser o primeiro planeta rochoso da zona habitável encontrado que é mais semelhante à Terra, sendo o exoplaneta encontrado até hoje com maior potencial para abrigar vida.

O Outono

Posted on: 22/09/2010

      Logo durante a noite, já dia 23 de Setembro, quando forem as 04:49 em Portugal continental, ocorrerá o equinócio de Setembro deste ano, no Hemisfério Norte, iniciando-se assim o Outono e terminando o Verão.

      O Outono durará até às 23:38 horas do dia 21 de Dezembro, altura em que ocorrerá o Solstício de Inverno.

      O Equinócio de Outono no Hemisfério Norte é o momento em que o Sol, no seu movimento anual aparente, cruza o equador celeste.

      Equinócio é uma palavra de origem latina que significa “noite igual ao dia” por ser precisamente nos dias de equinócio, como hoje, que o dia e a noite têm a mesma duração.

      O Outono do hemisfério norte é chamado “Outono boreal”, e o do hemisfério sul é chamado “Outono austral”. O “Outono boreal” tem início, no Hemisfério Norte, a 22 ou 23 de Setembro e termina a 21 ou 22 de Dezembro. O “Outono austral” tem início, no Hemisfério Sul, a 20 de Março e termina a 20 ou 21 de Junho.

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      Fotografias tiradas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), enviada pela Agência Espacial Americana (NASA), ao nosso satélite natural (Lua), para investigar a sua órbita, revelaram que a circunferência da superfície lunar contraiu pelo menos 100 metros nos últimos mil milhões de anos. A descoberta foi relatada pelo cientista Thomas Watters, do Centro de Estudos Planetários, num artigo publicado pela revista especializada «Science».

      As imagens revelaram 14 novas escarpas lobulares; pequenas formações que, até agora, acreditava-se terem sido originadas por falhas tectónicas. São as mais jovens formações do satélite e, de acordo com Watters, provavelmente estão presentes em toda a Lua. A análise sugere que as escarpas se formaram durante um período de contração, quando a Lua congelou e encolheu. A Lua formou-se num ambiente caótico, cheio de asteróides e meteoritos, explica a NASA. As várias colisões fizeram com que a Lua se fosse deformando e os elementos radioactivos tornaram-na mais quente. Contudo, foi arrefecendo com o tempo, e os cientistas atribuem a contração à sua refrigeração. Novos estudos revelam uma actividade tectónica recente ligada ao arrefecimento de longa duração e associada a contracção do interior lunar.

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      Uma equipa de astrónomos europeus, na qual se incluem dois portugueses (Nuno Cardoso Santos, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto e Alexandre Correia, da Universidade de Aveiro), descobriu um sistema planetário que é muito semelhante ao nosso, com 7 planetas em redor de uma estrela, denominada HD10180, e localizada à distância de 127 anos-luz, na constelação de Hydrus (hemisfério sul).

      Para os mais distraídos informa-se que o nosso sistema planetário (sistema solar) contém 8 planetas em redor de uma estrela (o Sol).

      Esta descoberta vem atualizar o nosso conhecimento de sistemas planetários relativamente a conterem um número de planetas próximo do nosso, pois o mais parecido com o nosso (conhecido) era um sistema com 5 planetas.

      Esta descoberta é o culminar de seis anos de observações da estrela, usando o espectógrafo HARPS, instalado no telescópio de 3,6 metros do observatório do European Southern Observatory (ESO) de La Silla.

      Os dados recolhidos permitiram concluir que a estrela HD10180 possui cinco planetas semelhantes a Neptuno, com massas compreendidas entre 13 e 25 vezes a massa da Terra e orbitando a estrela com períodos entre seis e 600 dias e foi ainda encontrada evidência para a presença de mais dois, sendo o primeiro semelhante a Saturno (tem uma massa 65 vezes maior do que a da Terra e período de 2200 dias) e um outro que será o planeta com menor massa descoberto até hoje, com apenas 1,4 vezes a do nosso planeta e orbitando a estrela HD 10180 em apenas 28,3 horas.

      A descoberta deste novo sistema de planetas aporta alguns novos aspetos: primeiro, conta com pelo menos cinco planetas como Neptuno dentro de uma distância equivalente à órbita de Marte, pelo que este sistema é mais povoado do que o Sistema Solar interior; segundo, todos os planetas parecem ter órbitas quase circulares, tal como acontece no nosso Sistema Solar. Outro resultado interessante foi a verificação que a distribuição destes planetas obedece a uma lei semelhante à que encontramos no nosso sistema solar – a lei de Titius-Bode. Ou seja, cada um dos planetas exteriores encontra-se, aproximadamente, ao dobro da distância do anterior, isto é, há um padrão regular.

      Até agora foram encontrados mais de 500 planetas extra-solares e são conhecidos 15 sistemas planetários com pelo menos três planetas.

      A equipa vai continuar a trabalhar no sentido de encontrar sistemas mais complexos e planetas ainda mais pequenos. O seu grande objetivo é compreender os mecanismos de formação dos planetas e a origem do nosso sistema solar, e caminhar no sentido de encontrar planetas do tipo da Terra, capazes de albergar vida.

      Todos os anos, por volta desta data (13 de Agosto), é possível observar inúmeros meteoros, atingindo-se o pico máximo de intensidade nestes dias, sendo visíveis até 100 meteoros por hora mas sendo a média de 60 por hora.

      Trata-se da famosa e assim chamada: “Chuva de Meteoros das Perseidas”, fenómeno assim denominado pelo seu radiante na constelação de Perseus, isto é, pela ilusão óptica que faz com que nos pareça que o fenómeno provém daquela constelação.

      Entram na nossa atmosfera pequenos pedaços rochosos, a maioria menores que uma ervilha, que se tornam luminosos devido à sua elevada velocidade (cerca de 212 mil Km/h) e o atrito na atmosfera faz aumentar a temperatura dos corpos até ficarem incandescentes. As pequenas rochas vêm na cauda do cometa “Swift-tuttle”, cuja cauda se cruza com a órbita terrestre.

      O fenómeno pode ser visto em qualquer lugar e à vista desarmada mas será sempre preferível a observação em locais sem iluminação, longe dos aglomerados urbanos. Embora depois de hoje a média desça, é sempre possível ver muitos meteoros até ao final do mês de Agosto.

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Verão

Posted on: 21/06/2010

      Foi hoje, pelas 11:28 horas desta manhã (hora UTC) que se dava o solstício de Verão no hemisfério norte, dando-se assim início ao denominado “Verão Boreal” (por oposição ao “Verão Austral” que acontecerá no hemisfério sul por volta de 21 de Dezembro).

      O Verão é uma das 4 estações do ano mas em tempos antigos chegou a definir-se 5 estações, estando o Verão dividido em duas: O Verão em si, assim chamado, que se iniciava logo após a Primavera, seguido do Estio, um período de tempo quente e seco.

      Hoje é o dia mais longo do ano.

      O Verão terminará com o equinócio do Outono a 23 de Setembro no hemisfério norte.

      A missão espacial europeia Vénus Express revelou que o planeta Vénus está geologicamente ativo, tendo identificado correntes de lava relativamente recentes, pela forma como emitem radiação infravermelha, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA).

      Desde há muito que os investigadores consideram que existem poucas crateras vulcânicas na superfície de Vénus e admitem a hipótese de tal se dever à existência de atividade vulcânica.

      Sue Smrekar, cientista do projecto ESA Vénus Express e a sua equipa identificaram três regiões do planeta que se assemelham ao Havai, bem conhecido pela sua atividade vulcânica, e demonstraram que estas regiões de Vénus têm uma intensidade de emissão mais elevada do que as regiões em torno, o que indica composições diferentes.

      Na Terra, a lava reage rapidamente com o oxigénio e outros elementos da atmosfera, alterando a sua composição. Em Vénus, o processo aparenta ser similar, mas mais intenso devido à atmosfera mais quente e densa do planeta, essencialmente constituída por dióxido de carbono.

      Os investigadores consideram que as diferentes composições das correntes de lava encontradas é uma evidência de pouca erosão da superfície, o que indica que são de constituição recente, com não mais de 2,5 milhões de anos, ou muito menos e ainda eventualmente ativas.

      Sue Smrekar acrescentou que “Há alguns modelos intrigantes da forma como Vénus se pode cobrir, num curto período, com quilómetros de lava, mas isto exige que o seu interior se comporte de uma forma diferente do da Terra. Se o vulcanismo é mais gradual, isto implica que o interior do planeta pode ser mais parecido com o da Terra, sem o movimento das placas tectónicas”.

      Um grupo de investigadores da Universidade Pública do Arizona (EUA), concluiu que Neptuno devorou um planeta duas vezes maior que a Terra.

      Urano e Neptuno não deveriam ser como são se se tivessem formado segundo as mesmas regras que o resto dos planetas do Sistema Solar. Se fossem provenientes da mesma nuvem de poeira que deu origem ao resto dos nossos mundos vizinhos, não teriam, tão longe do sol, material suficiente para serem tão grandes, sendo este um enigma que há décadas tem intrigado muitos astrónomos por todo o mundo.

      Assim, surgiram muitas questões: E se estes planetas não se formaram na posição que conhecemos hoje? E se eles nasceram muito mais próximos do Sol e de seguida migraram para os seus destinos actuais, alterando as suas posições e as órbitas dos outros planetas? Ou até mesmo devorando-os e roubando as luas alheias pelo caminho?

      A estas questões concluíram os investigadores que a hipótese de absorção de planetas justifica ainda o misterioso calor que irradia de Neptuno, bem como a estranha órbita do satélite Tritão, que se move exactamente na direcção contrária do próprio Neptuno, o que sugere que não se formou na mesma altura que o planeta mas que foi capturado por ele, sugerindo-se que Tritão estava associado a outro planeta e este teria que ter, pelo menos, o dobro do tamanho da Terra.

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Primavera

Posted on: 20/03/2010

      Hoje, dia 20 de Março, pelas 17:32 horas UTC (Tempo Universal Coordenado), ocorreu o Equinócio da Primavera no Hemisfério Norte.

      Esta estação prolongar-se-á por 92,75 dias, até ao próximo Solstício que ocorrerá no dia 21 de Junho às 12: 28 horas.

      Designa-se por equinócio o instante em que o Sol, no seu momento anual aparente, corta o equador celeste. A palavra de origem latina significa “noite igual ao dia”, pois nos dias de equinócio, o dia e a noite têm igual duração.

    Uma nova teoria sobre a origem da Lua foi proposta por dois cientistas holandeses. No estudo agora publicado, Rob Meijer, da Universidade Western Cape, e Wim van Westrenen, da Universidade VU de Amesterdão, defendem que a Lua nasceu de uma explosão nuclear natural.
    Esta explicação contradiz a teoria aceite por muitos cientistas de que a Lua é um pedaço de Terra que se separou desta devido a uma grande colisão com um asteróide ou outro corpo espacial. O problema com esta hipótese é que várias simulações calculam que, se assim fosse, a Lua deveria ser composta de 80 por cento do objecto do impacto e 20 por cento de elementos da Terra. Na verdade, os elementos encontrados até agora nas rochas da Lua são praticamente idênticos aos da Terra.
    A teoria alternativa sustenta-se noutra mais antiga, denominada de cisão, que indica que a Terra e a Lua se formaram a partir de uma massa de rocha fundida que girava com extraordinária rapidez. Essa rapidez fazia com que a força da gravidade fosse superior às forças centrífugas. Qualquer impacto faria com que fosse expelida uma pequena porção de rocha fundida. Essa rocha teria dado lugar à Lua.
    Análises futuras à superfície da Lua podem fornecer elementos necessários para confirmar esta teoria. De referir que nos anos 70 cientistas descobriram reactores de cissão nuclear naturais no depósito de urânio em Oklo, no Gabão, que terá estado em actividade há 2000 milhões de anos.
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    Num dia como o de hoje (13 de Fevereiro) mas do já antigo e longínquo ano de 1633 (há 377 anos) Galileu era detido pela Inquisição (espécie de polícia e tribunal da Igreja Católica) devido aos seus estudos e conclusões científicas, designadamente sobre o heliocentrismo.
    Galileu Galilei (Galileo Galilei em italiano) (1564-1642) foi um físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano que teve um papel preponderante na chamada Revolução Científica.
    Desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito do referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana.
    Melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro satélites de Júpiter, os anéis de Saturno e as estrelas da Via Láctea.
    Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo.
    Galileu desenvolveu ainda vários instrumentos e propôs uma nova metodologia científica, introduzindo um método científico que constituiu um corte com o método aristotélico e é, por este motivo, considerado como o “pai da ciência moderna”.
    As publicações dos seus estudos e conclusões teóricas cedo lhe valeram reconhecimento mas também muita polémica.
    A Inquisição pronunciara-se já em 1919 sobre a sua Teoria Heliocêntrica, declarando que a afirmação de que o Sol é o centro imóvel do Universo, movendo-se a Terra em seu torno, estava “teologicamente” errada, proibindo assim que se falasse da teoria contrária que até então se considerava, o Geocentrismo, isto é, que a Terra estava parada no centro do Universo e que todos os outros corpos celestes orbitavam em círculos concêntricos ao seu redor.
    Mantendo Galileu a sua ideia, foi julgado e condenado, proibindo-se os seus livros. A condenação obrigava-o a retratar-se publicamente sobre as suas teorias, afirmando que se enganara, e condenava-o ainda a prisão por tempo indefinido.
    No decorrer dos séculos, a Igreja Católica foi revendo a sua posição relativamente a Galileu, tendo iniciando em 1992, isto é, mais de 3 séculos após a sua condenação, um processo de revisão dessa condenação.
    O processo de revisão foi demorado e durou 7 anos!
    Em 1999 a Igreja Católica decidiu absolver Galileu da heresia cometida há mais de 3 séculos.
    Não, não te rias, porque isto é mesmo muito sério.

O Telescópio Hubble detetou um misterioso rastro de detritos cósmicos que sugerem uma colisão frontal de um asteróide com outro corpo.

    Mesmo acreditando que todos os asteróides são produto de choques deste tipo, até agora nunca se tinha captado os restos de um deles, informou a NASA em comunicado.

O impacto dos asteróides ocorreu a uma velocidade de quase 20 mil quilómetros por hora. O asteróide, similar a um cometa, foi identificado como P/2010 A2 e descoberto no passado dia 6 de Janeiro. As últimas imagens, transmitidas pelo Hubble a semana passada, mostram o que a NASA qualificou como um complicado padrão de estruturas filamentosas próximas do núcleo.

    David Jewitt, astrobiólogo, disse que “se esta interpretação é correcta, é possível que tenham chocado dois pequenos asteróides, até agora desconhecidos, que criaram um rasto de escombros”.

No momento em que foi detetado pelo telescópio, o asteróide encontrava-se a 280 milhões de quilómetros do Sol e a 150 milhões de quilómetros da Terra.

    Um fragmento de um fenómeno similar pode ter atingido a Terra há 65 milhões de anos, levando à extinção em massa de dinossauros.
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