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      “Whale Song Project” é o nome da iniciativa que cientistas marinhos do Reino Unido e da América do Norte lançaram para contar com a ajuda de amantes da vida selvagem em descodificar sons emitidos por baleias.

      Tanto as baleias-piloto como as orcas têm repertórios sonoros complexos e os investigadores querem descobrir novas frases, sentidos e dialetos entre estes animais.

      Na “Whale Song Project”, pede-se aos participantes que estudem e comparem os diferentes sons de chamamentos feitos por famílias de baleias da mesma espécie em todo o mundo. Quem quiser ajudar terá assim de identificar padrões de ondas sonoras (espetrogramas) idênticas ou muito semelhantes e poderá repetir cada excerto de som para conseguir corresponder segmentos.

      Este novo projeto foi lançado pela revista “Scientific American” e pela organização “The Zooniverse”, mas é parecido com uma iniciativa anteriormente criada para descobrir novas galáxias com a ajuda de astrónomos amadores.

      Mais info em: http://whale.fm

      Até agora a maior velocidade conhecida era a da luz (definida em 299 792 458 metros por segundo, no vácuo). Tal velocidade sempre nos pareceu ser o limite do nosso conhecimento e constam da Teoria da Relatividade de Albert Einstein.

      O centro Nacional de Investigação Científica (CNRS, sigla em francês) acaba de indicar que a velocidade da luz foi ultrapassada, embora ligeiramente, pela velocidade verificada nos neutrinos.

      Os neutrinos são partículas elementares da matéria, consideradas fantasma ou camaleão. O neutrino pode estar um milhão de vezes mais presente no universo do que cada um dos constituintes dos átomos, mas continua a ser incrivelmente difícil de detetar.

      O neutrino, que desde os anos 1960 intriga os físicos, é desprovido de carga elétrica, o que lhe permite atravessar paredes. A cada segundo, 66 mil milhões das suas partículas fantasmagóricas atravessam o equivalente a uma unha humana. No entanto, um neutrino emitido pelo Sol tem apenas uma hipótese em cem milhões de chegar à Terra.

      Emitidos pelas estrelas e pela atmosfera, os neutrinos podem ser criados pela radioatividade dita beta, como a das centrais nucleares. Assim que um protão se transforma num neutrão (eletricamente neutro) ou um neutrão se transforma num protão, esta mutação sucede acompanhada pela emissão de um eletrão negativo ou positivo e de um neutrino (ou de um anti-neutrino).

      “A existência de um modelo que pudesse explicar porque o neutrino é tão pequeno, sem se dissipar, teria profundas implicações na compreensão do nosso universo: como era, como evoluiu, e como eventualmente, morrerá”, explicou António Ereditato, físico do Instituto Nacional de Física Nuclear da Itália.

      Caso seja confirmada esta medição por outras experiências, este “resultado surpreendente” e “totalmente inesperado” face às teorias formuladas por Albert Einstein poderá abrir “perspetivas teóricas completamente novas”, sublinha o CNRS.

      As medições efetuadas pelos especialistas desta investigação, a que se chamou Opera, concluíram que um feixe de neutrinos percorreu os 730 quilómetros que separam as instalações do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN), em Genebra, do laboratório subterrâneo de Gran Sasso, no centro de Itália, a 300 006 quilómetros por segundo, ou seja, uma velocidade superior em seis quilómetros por segundo à velocidade da luz.

      Pese embora a teoria de Albert Einstein estivesse tão bem confirmada, este exemplo vem uma vez mais chamar-nos a atenção para o facto da Ciência não ser nenhuma religião, pelo que as verdades que possui são-no apenas na época em que existem com os conhecimentos detidos mas sempre prontas a serem derrubadas por novas verdades, igualmente provisórias até que uma nova verdade se venha a comprovar. Einstein já deitara por terra as teorias de Newton, que também foram verdades inabaláveis, e agora, uma vez mais – e como sempre deve ser –, tudo parece indicar que as teorias de Einstein também cairão por terra.

      Uma equipa da Universidade de Liverpool, coordenada por um investigador português (João Pedro Magalhães), conseguiu a primeira sequenciação do genoma completo do Heterocephalus glaber, vulgarmente conhecido como rato-toupeira-nu, um animal que possui uma inusitada resistência à dor, às doenças – tal como o cancro – e à velhice, já que vive mais de 30 anos [considerada uma vida longa por comparação com outros roedores]., sendo o único mamífero capaz de reparar danos no seu ADN.

      Este roedor é normalmente encontrado no sul da Etiópia, Quénia e Somália e é famoso por ser o rato mais feio do mundo e viver em ambientes adversos. No entanto, as restantes características, que o distinguem dos demais, captaram a atenção da equipa coordenada pelo cientista português, especialmente pela sua longevidade e metabolismo, cujo trabalho gira em torno da genética do envelhecimento.

      É um animal com falta de sensação de dor na pele e tem um metabolismo muito baixo que lhe permite viver no subsolo, com níveis de oxigénio limitados.

      O cientista explica que “Dedicamo-nos à biologia e genética do envelhecimento e estamos, sobretudo, interessados no rato-toupeira pela sua longevidade. Vive mais de 30 anos e é um animal bastante pequeno” – o que o torna mais cativante, dada a relação entre o tamanho e a longevidade –, “por exemplo, mamíferos grandes, como as baleias e os elefantes, vivem muito mais tempo do que animais de volume menor, tal como os roedores”. O rato-toupeira-nu é uma exceção à regra e consegue ser mais pequeno do que um rato comum. Por todas estas razões, “temos um enorme interesse em estudar os mecanismos de envelhecimento e a sua enorme capacidade de resistência a doenças e ao cancro”.

      Concluiu o cientista que “A sua capacidade de reparação de danos de ADN e de resistência a doenças tem como objetivo final ser usada a favor dos seres humanos em doenças do envelhecimento, como Alzheimer e outras”.

      Uma investigação científica levada a cabo na Nova Zelândia vem indicar que as baleias corcundas, também conhecidas como baleia-jubarte, baleia-preta, baleia-xibarte, baleia-cantora ou baleia-de-bossa (Megaptera novaeangliae), navegam milhares de quilómetros durante semanas, de forma tão precisa, numa linha reta, como se tivessem sistema GPS.

      O coordenador da investigação, Travis Horton, da Universidade de Canterbury, disse que os cetáceos são “surpreendentemente precisos” na sua navegação, não se desviando do seu percurso em mais de um grau de azimute.

      A capacidade de navegar em linha reta é partilhada por outros animais marinhos, como os tubarões ou os pinguins, mas o que distingue estas baleias, objeto do estudo, é a capacidade de manterem o rumo durante enormes distâncias e tempo, com elevada precisão.

      Travis Horton e a sua equipa seguem 16 baleias desde 2003, utilizando tecnologia via satélite, cobrindo as vias migratórias de mais de 6000 Km.

      Os cientistas acreditam que as baleias utilizem uma combinação de campos magnéticos da Terra e a posição do Sol ou de outros corpos celestes para se orientarem, tal como o fazem muitos outros animais, no entanto, certezas ainda não as há. O estudo ainda não pôde concluir como estes animais são tão precisos na navegação apesar de estarem sujeitos às correntes marinhas e diversas variações meteorológicas.

      Nestes oito anos de investigação os cientistas comprovaram ainda que são várias as vias de navegação utilizadas pelas baleias, seguindo estas distintas vias, desconhecendo-se também como é que as baleias têm conhecimento destas vias migratórias, se se transmitem de geração em geração ou se correspondem a alguma variação dos campos magnéticos terrestres, variações hormonais, ou qualquer outro fator.

      A revista científica norte-americana “Proceedings of the National Academy of Sciences”, publica um estudo no qual se conclui que até 2050, mais de mil milhões de pessoas, isto é, 1.000.000.000, ficarão sem água potável, com maior incidência nas que vivem nas grandes cidades.

      Os cientistas afirmam que se a tendência atual da urbanização continuar, em 2050, cerca de 993 milhões de habitantes das cidades terão acesso a menos de 100 litros de água por dia para viver. Essa quantidade corresponde ao volume de um banho por pessoa e o consumo de 100 litros diários é considerado pelos analistas como o mínimo necessário a um indivíduo para as necessidades de bebida, alimentação e higiene.

      Os cientistas advertem ainda que se forem acrescentados os efeitos prováveis das mudanças climáticas, cerca de outros 100 milhões de pessoas não terão acesso a esse volume de água.

      De acordo com o estudo, atualmente cerca de 150 milhões de pessoas consomem menos de 100 litros diariamente mas um cidadão médio que viva nos Estados Unidos, consome aproximadamente 376 litros de água por dia.

      A revista científica “Oncogene”, acaba de publicar um estudo levado a cabo por um grupo de investigadores portugueses que descobriram um mecanismo que trava o crescimento e a capacidade invasiva das células tumorais, o que permitirá uma nova estratégia para o tratamento do cancro.

      Os investigadores explicam que o papel de um gene, o “LRP1B” trava o crescimento e a invasão das células tumorais, fazendo-o de “uma forma pouco convencional, isto é, remove os fatores do meio que circunda as células que, de outra forma, seriam cruciais para as células tumorais”, referem Paula Soares e Hugo Prazeres, do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP).

      De acordo com os investigadores, “esta descoberta revela-se particularmente interessante porque consubstancia um novo mecanismo de supressão de tumores e aponta uma nova estratégia para tratar o cancro”, uma vez que trava o funcionamento das células que desenvolvem a capacidade invasiva, capazes de penetrar nos tecidos vizinhos, destruindo-os, fazendo com que o tumor se espalhe.

      Os investigadores salientam que o impacto desta descoberta “pode ser significativo”, já que se perspetiva “que este mecanismo possa ser encontrado em vários tipos de cancro de grande incidência, incluindo o cancro do pulmão e do esófago”.

      A revista “Science” publica resultados de estudo que analisou mais de 6500 dentes fósseis de cavalos selvagens, alguns com mais de 55 milhões de anos, que confirmam a hipótese evolutiva da selecção natural de Darwin (Teoria da Evolução).

      Confirmou-se ainda a evolução do processo de adaptação de hábitos alimentares a novos ambientes provocados pelas alterações climáticas.

      A investigação analisou o desgaste dos molares fósseis, desde há 55 milhões de anos até há 10 mil anos, incluindo registos de toda a sequência evolutiva do dente de cavalo selvagem. Os dentes de cavalos selvagens analisados correspondem a 222 terras distintas e a grupos de diferentes zonas geográficas.

      Os últimos cavalos selvagens originários das planícies norte-americanas, que foram extintos nos Estados Unidos há aproximadamente 10 mil anos após o último período glacial, eram dotados naquela época com dentes muito mais arredondados e desgastados do que o cavalo atual. Já as primeiras populações de cavalos viviam na selva tropical com muito calor e alimentavam-se de frutas, portanto os dentes eram afiados e pouco desgastados.

      Os investigadores comprovaram que as modificações dos dentes não são imediatas, demoram pelo menos um milhão de anos para afiarem depois de um episódio de alteração climática, o que se traduz numas 100 mil gerações.

      Cientistas descobriram que um tipo de pigmento amarelo que Van Gogh utilizava em algumas das suas obras mais famosas se torna castanho quando na presença da luz do sol, em virtude de uma reação química anteriormente desconhecida.

      Os investigadores utilizaram o Raio X que revelou que os átomos de crómio no coração do pigmento amarelo se alteraram, transformando o que era um amarelo brilhante numa cor castanho escura.

       Num período em que o artista holandês escolhia deliberadamente cores brilhantes para as suas pinturas de forma a conferir-lhes mais emoção, utilizava um amarelo feito a partir de um produto tóxico industrial utilizado por muitos artistas no final do século XIX.

      Os cientistas avançam que esta descoberta pode explicar porque é que muitos dos trabalhos mais famosos de Van Gogh, incluindo os Girassóis, já não se parecem com o que o artista pretendia que se parecessem quando os pintou.

      Será que podemos assimilar que temos mais do que dois braços ou mais do que duas pernas?

      A conceção clássica em neurologia diz-nos que os nossos corpos se desenvolvem com um plano de desenvolvimento simétrico e que o desenho do próprio sistema nervoso nos programa para esta simetria de maneira inata.

      Um grupo de neurocientístas do Instituto Universitário de Karolinska (Suécia), acaba de publicar um estudo em “PlosONE” no qual demonstram que os nossos esquemas neurológicos são mais versáteis do que pensávamos e podem adaptar-se à existência de novas extremidades.

      Já havia conhecimento sobre a percepção de membros fantasmas, um braço ou uma perna amputada e que o indivíduo ainda sente existir, bem como se sabia da experiência da mão artificial que se coloca ao indivíduo, ocultando-se a real, passando o mesmo, ao fim de algum tempo, a sentir a artificial como a própria. No entanto, não havia nenhuma experiência que tivesse permitido a permanência de mais do que um membro visível. Foi esta a experiência dos cientistas suecos: saber como reagiria o nosso cérebro à possibilidade de ter braços duplicados e as conclusões foram no sentido de incorporação, o cérebro acaba por aceitar a existência de dois braços direitos com naturalidade, porque os vê como sendo parte da sua imagem corporal e integra-os normalmente.

 

 

 

 

 

 

 

 

      Grupo de biólogos franceses e belgas apresentou um estudo no qual revelam que existem 250 mil milhões de fragmentos de plástico no Mar Mediterrâneo, totalizando um valor superior a 500 toneladas.

      Foram feitas recolhas por voluntários do projeto Expedição MED (Mediterranean in Danger), que coligiram amostras de água em Julho passado nas costas de França, norte de Itália e Espanha, a 10 e 15 centímetros de profundidade.

       Durante 2011, serão recolhidas amostras em Gibraltar, Marrocos, Argélia, Tunísia, Sardenha e sul de Itália para se complementar o estudo.

      Nos mares e nos oceanos, as micropartículas de plástico misturam-se com o plâncton e são comidas por peixes pequenos, que por sua vez servem de alimento a predadores de maior tamanho. Todo o ecossistema fica, assim, contaminado.

      Calcula-se que todos os anos sejam vertidos para o Mar Mediterrâneo 400 mil toneladas de hidrocarbonetos.

      A única solução, acreditam os cientistas, é modificar as normas sobre biodegradabilidade dos artigos de consumo em toda a Europa.

      Pode parecer-nos que as crianças crescem rapidamente e que de geração em geração crescem mais e mais depressa mas de acordo com a antropologia evolutiva, as crianças humanas crescem de forma mais lenta do que os outros animais e, a cada geração que passa, demoram ainda mais a crescer, isto é, a infância dura cada vez mais tempo.

      De acordo com um estudo recentemente publicado na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences”, estudo feito a partir da análise de dentes de fósseis e da comparação com dados atuais, pode concluir-se que o homem de Neandertal atingia a maturidade mais cedo do que o homem moderno.

      Os dentes registam a passagem do tempo, capturando cada momento do desenvolvimento como acontece nos anéis de crescimento das árvores e em especial os molares, nos quais de pode detetar uma minúscula certidão de nascimento; uma linha que permite calcular exatamente a idade de um indivíduo.

      Esta lentidão, cada vez maior do nosso crescimento, ao contrário do que pode parecer, não será negativa, pelo contrário, parece ter ser positiva até, pois apesar de sermos mais demorados em tudo, desde até a gestação, certo é que vivemos mais do que os outros primatas, dos quais nos distanciamos há já cerca de 6,5 milhões de anos.

      Estudo publicado nos E.U.A. revela o paradoxo da resposta emocional humana às tragédias, sendo as tragédias de maior magnitude aquelas que menor reação emocional provocam e, pelo contrário, as pequenas tragédias provocam uma maior reação emocional.

      Quando as vítimas são muitas, são também anónimas, mas quando as vítimas são poucas ou únicas e identificáveis, individualmente conhecidas, maior é a reação emocional.

      Os autores do estudo, Loran Nordgren e Mary-Hunter Morris, da Faculdade Kellogg de Administração e da Faculdade de Direito de Harvard, nos EUA, dizem que «É difícil as pessoas ligarem-se a uma história quando há muitas ‘vítimas sem rosto’».

      Num dos testes realizados, um grupo leu um artigo sobre uma empresa de alimentos que vendeu comida estragada e que intoxicou consumidores. Um subgrupo recebeu uma descrição geral das vítimas, enquanto a outro foi facultada a foto de apenas uma das vítimas, com o seu nome e profissão. O segundo grupo qualificou o erro cometido pela empresa como mais severo e recomendou uma punição mais dura aos proprietários e administradores da firma responsável, do que o primeiro grupo.

      «Em todos os testes, descobrimos que aumentar o número de pessoas vitimizadas reduz a percepção de gravidade e leva as pessoas a recomendar punições mais brandas para crimes que afetaram mais pessoas», refere Nordgren, acrescentando que «para combater esse paradoxo, individualizar vítimas ajuda. Quando há informação específica sobre uma ou duas vítimas destacadas de um grupo maior, há mais empatia e compaixão».

      Este estudo, intitulado “The Scope-Severity Paradox: Why doing more harm is judged to be less harmful” foi publicado na revista “Social Psychological and Personality Science”.

      Thomas Seely é um investigador na área da neurobiologia comportamental da Universidade de Cornell (Escócia) que no seu recente livro “Honeybee Democracy” (Democracia da Abelha do Mel), afirma que as abelhas tomam decisões através de um processo democrático quando fazem escolhas importantes, “de vida ou morte”, e se mudam para uma nova colmeia.

      Quando a colmeia começa a ficar lotada, dois terços das abelhas trabalhadoras e a rainha abandonam-na e partem à procura de uma nova casa.

      O investigador verificou que as abelhas vão à procura de novos locais para se instalarem e, em centenas de abelhas, descobrem-se 10 a 20 potenciais locais que são apresentados à colmeia, através de uma “dança” propagandística.

      As abelhas “conseguem apreciar e avaliar os benefícios da provável nova casa segundo o tempo de dança que lhe dedicam. Têm uma espécie de capacidade incorporada para julgar a qualidade de cada local, as abelhas são honestas e, se o local for medíocre, não será anunciado tão intensamente”.

      Entretanto, outras abelhas inspecionam os sítios assinalados e regressam para dançar para as primeiras. O melhor local é eleito através da dança mais vigorosa e a sua popularidade vai aumentando.

      Seeley acredita que os seres humanos podem aprender muito sobre o processo de tomar decisões por vias democráticas observando as abelhas, porque a partir do momento que existem interesses comuns, uma escolha coletiva pode assegurar a melhor opção, já que existem membros diferentes e um líder imparcial.

      A tripulação da Mars500 acaba de ultrapassar os 100 dias de isolamento na simulação fechada na qual se simula o percurso interplanetário de uma viagem a Marte.

      Na experiência anterior, realizada em 2009, a tripulação manteve-se isolada durante 105 dias, portanto, ultrapassada esta fronteira, tudo agora é novo para esta tripulação encerrada.

      As seis pessoas da Mars500, fechadas em segurança nas instalações, em Moscovo, têm estado a viajar virtualmente em direcção a Marte desde o dia 14 de junho, quando a missão deixou a órbita da Terra. O lançamento foi a 3 do mesmo mês, quando a porta da nave foi fechada. Desde então, a tripulação tem seguido a agenda, reproduzindo com a precisão possível uma potencial missão ao planeta vizinho, o que inclui atrasos nas comunicações e uma rotina diária semelhante à viagem espacial real.

      Neste momento, o atraso nas comunicações – que representa a distância da nave à Terra – é de dois minutos em cada direcção, tornando impossíveis as comunicações diretas. À medida que a simulação avança o atraso atinge os 20 minutos. A próxima etapa ficará marcada pela aterragem em Marte, planeada para 10 de Fevereiro de 2011.

      Ao todo, esta experiência irá durar 520 dias, com o regresso à Terra previsto para o início de Novembro de 2011.

      Na sala de controle das instalações, Romain Charles, um dos elementos da tripulação da Agência Espacial Europeia (ESA), disse que “É difícil pensar que daqui a um ano ainda estaremos aqui nestes módulos. Vivemos o dia-a-dia, tentando tirar o melhor partido disso. O que tem funcionado nestes primeiros 105 dias, e resultará para os mais de 400 que faltam”.

      Na Península Ibérica, os dias estão a ficar mais quentes do que no resto do Mundo.

      A conclusão é de um estudo da Universidade de Salamanca (Espanha) publicado na revista «Climatic Change».

      Devido ao impacto que as temperaturas têm na agricultura e na saúde, os investigadores da universidade espanhola analisaram as variáveis mais representativas destes extremos térmicos desde 1950 a 2006.

       Os resultados revelaram que se registou um aumento dos dias quentes maior do que no resto do mundo, isto é, que o crescimento de dias quentes na Península Ibérica é superior ao obtido globalmente para todo o planeta.

      Também foi detectada uma diminuição das noites frias, tendência que acompanhou a descida global.

      Até agora, a maioria dos investigadores tinha analisado as alterações da temperatura média à escala global. Estes resultados indicavam que o aumento das temperaturas se deve “mais provavelmente” a factores antropogénicos.

      Esta nova investigação permitiu analisar, do ponto de vista físico, as causas das variações dos extremos climáticos, ou seja, verificar “que alterações se estão a produzir nas massas de ar que chegam à Península Ibérica, bem como na temperatura do mar”, segundo explicou Concépcion Rodríguez, autora principal do trabalho e investigadora do Departamento de Física Geral e Atmosfera da Universidade de Salamanca.

      O tempo que traz a massa de ar desde o Norte de África é a principal causa do aumento de dias quentes.

      Em 2001 e durante cerca de 2 meses, os habitantes de uma povoação situada no sul da Índia (Kerala) habituaram-se à chuva de cor vermelha da sua cidade.

      Um físico da Universidade de Cochin (Godfrey Louis), interessou-se pelo fenómeno e recolheu várias amostras da água da chuva vermelha que, ao que tudo indicava, seria apenas um fenómeno vulgar relacionado com qualquer tipo de contaminação.

      Ao microscópio o físico observou que a água não tinha pó nem areia mas continha algo com muito mais impacto: estava repleta de células vermelhas, muito parecidas aos dos micróbios da Terra, mas sem presença de ADN (DNA em inglês).

      O referido investigador da universidade indiana sugeriu que as células poderiam ser extraterrestres. A ideia despertou sorrisos de cepticismo mas recebeu a aprovação para ser publicada na revista científica “Astrophysics and Space Science” em 2006.

      Agora, o investigador e a equipa alargada à Universidade de Cardiff, no Reino Unido, vieram a público dar notícia de algo ainda mais inquietante: as células que acredita m ter origem extraterrestre estão a reproduzir-se.

      Godfrey Louis considerou que as células descobertas na água da chuva não poderiam ser terrestres porque não encontrou provas de ADN. Os glóbulos vermelhos seriam ainda uma possibilidade mas deveriam ter sido destruídos em contacto com a água da chuva. Numa extraordinária explicação, o investigador sugeriu a possibilidade de um cometa ter-se desintegrado na atmosfera superior e salpicado as nuvens quando estas flutuavam sobre a Terra, o que explicava a chuva vermelha que surpreendeu a Índia em 2001.

      Os investigadores recolheram ainda informações na região acerca de um ruído semelhante ao de um objecto que superava a barreira do som, o qual poderia ter sido provocado pela tal rocha espacial a desintegrar-se.

      A equipa internacional de investigadores conta com a presença de Chandra Wickramasinghe, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, um dos principais defensores da teoria da panspermia, segundo a qual a vida na Terra, como noutros mundos, foi semeada através do impacto de um cometa ou asteróide sugerindo que somos todos extraterrestres.

      Segundo a “Technology Review”, publicada pelo MIT, estes investigadores asseguram que as células estão a reproduzir-se mas a temperaturas de 121 graus, não se reproduzindo à nossa temperatura ambiente, permanecendo inertes, fenómeno que é raro, já que as esporas de alguns extremófilos podem sobreviver a este tipo de temperaturas elevadas mas reproduzir-se a temperaturas menores. Contudo, nada do que é conhecido se comporta deste modo a estas temperaturas.

      Encontra-se em estudo e fase de desenvolvimento um processo de recolha e aproveitamento das cargas elétricas que existem no ar húmido, como uma nova fonte de energia renovável de produção e disponibilização de eletricidade.

      O processo em desenvolvimento envolve a utilização de metais que recolhem as pequenas cargas elétricas do ar, tendo os testes demonstrado haver potencial no aproveitamento e utilização desta fonte de energia alternativa em climas húmidos.

      Verificou-se que as cargas ficam acumuladas nos metais, pelo que esta poderá ser mais uma fonte de energia natural renovável, até agora negligenciada.

      Investigadores da Universidade de Haifa (Israel) desenvolvem um mecanismo informático capaz de analisar a voz e a articulação da fala, identificando mudanças nos músculos que antecedem os sintomas da doença de Parkinson.

      A doença de Parkinson é uma condição degenerativa marcada por rigidez muscular, tremores e perda de equilíbrio.

      Na investigação, publicada no “Journal of Speech, Language, and Hearing Research”, Shimon Sapir, o líder do estudo, explica que esta nova “técnica não invasiva, precisa e barata, que requer apenas a leitura de frases simples” apresentou bons resultados nos testes clínicos, que foram comparados com os realizados por um grupo de voluntários que não apresentavam a patologia.

      Atualmente, a confirmação da existência da doença é baseada nos sintomas, facto que conduz a um diagnóstico tardio, quando a maioria dos neurónios associados à coordenação motora já estão deteriorados.

      Os participantes no estudo gravaram um número de frases que foram analisadas por este novo programa informático, tendo o sistema sido capaz de fazer uma diferenciação clara entre os dois grupos de participantes.

      Uma empresa portuguesa do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica acaba de desenvolver uma inovação científica na produção da primeira vacina conjugada contra a febre tifóide.

      António Duarte, presidente executivo da GenIBET, disse que esta inovação consiste num “processo de fabrico da vacina em larga escala, ou seja, passar de uma escala de 2 litros, no laboratório, para uma escala de 50 litros”.

      Criada em 2006, a GenIBET centra a sua actividade na produção de biofármacos (medicamentos produzidos por biotecnologia) para ensaios clínicos, permitindo que a investigação laboratorial possa ser testada em humanos no longo processo de ensaios que tem de atravessar um medicamento antes de ser comercializado.

      É a única “empresa de biotecnologia farmacêutica em Portugal, com produção de biofármacos que já foram testados em seres humanos com sucesso”.

      A febre tifóide é uma doença infecciosa potencialmente mortal que prevalece nos países e regiões com mau saneamento básico, nomeadamente na Ásia, África, América Central e do Sul. A associação da GenIBET ao desenvolvimento da primeira vacina conjugada contra esta doença que, se for bem sucedida em todos os ensaios clínicos, será única no mercado e passível de ser administrada a crianças.

      Um estudo da Universidade de Buffalo (E.U.A.) demonstrou que o sumo de laranja é eficaz a neutralizar os efeitos negativos do consumo de “fast food”, isto é, de refeições ricas em gordura e hidratos de carbono.

      De acordo com a investigação publicada no “American Journal of Clinical Nutrition”, as grandes quantidades de antioxidantes presentes no sumo de laranja, principalmente o flavonoíde naringenina e o antioxidante hesperidina, ajudam a prevenir os danos causados pelos radicais livres inflamatórios produzidos devido às agressões provocadas pelo consumo excessivo de gorduras.

      No estudo, liderado por Husam Ghanim, formaram-se 3 grupos de dez pessoas para ingerirem ao pequeno-almoço uma refeição de “fast food” de 900 calorias, composta por 81 gramas de hidratos de carbono e 51 gramas de gordura.

      Os participantes tinham idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos e estavam todos dentro do peso normal.

      Um dos grupos de voluntários bebeu 300 calorias de sumo de laranja à refeição, outro grupo ingeriu 300 calorias de bebida à base de glicose e um terceiro só bebeu água.

      Foram retiradas amostras de sangue a todos os voluntários, antes da refeição e a 3 e 5 horas após o pequeno-almoço.

      Verificou-se que quem consumiu 300 calorias do sumo de laranja apresentou menores níveis de radicais livres no sangue (47 por cento) do que aqueles que beberam água (62 por cento) ou uma bebida à base de glicose (63 por cento).

      De acordo com um estudo australiano, os excrementos dos cachalotes (animais que podem atingir os 20 metros de comprimento) contribuem anualmente para a eliminação de 400 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2).

      Este estudo vem desmitificar a suspeita de que estes mamíferos aumentavam a quantidade de gás através da sua respiração.

      A autora do estudo, Trish Lavery, da Universidade de Flinders (Austrália), explicou que os cachalotes defecam ferro, o que estimula o crescimento do fitoplâncton e da sua capacidade para armazenar o CO2, o principal responsável pelo aquecimento global.

      Quando o fitoplâncton morre, o gás desloca-se para o fundo do mar, um processo que elimina milhares de toneladas de dióxido de carbono.

      O número de cachalotes perdido nos últimos anos equivale a que fiquem por eliminar perto de dois milhões de toneladas anuais de CO2, calcula a investigadora australiana.

      Esta investigação, publicada na “Proceedings of the Royal Society, Biological Sciences”, prova a complexa interação natural entre os ecossistemas marítimos e terrestres e demonstra a necessidade de proibir a caça de cetáceos.

      Já se sabia que a exposição a determinadas bactérias presentes no meio ambiente provocam estados relaxantes e anti-depressivos mas um estudo recente, apresentado no Congresso da Sociedade Americana de Microbiologia, realizado em San Diego (Califórnia, EUA), apresentou uma dessas bactérias – a Mycobacterium vaccae, um microrganismo da terra que é ingerido e respirado de uma forma natural quando se está no campo em contacto com a natureza, como sendo também responsável por um estímulo da aprendizagem, tendo verificado um crescimento de determinados neurónios no cérebro, provocando um aumento dos níveis de serotonina a par da diminuição da ansiedade.

      A serotonina tem um papel importante na aprendizagem, logo, os cientistas começaram por equacionar a possibilidade da bactéria ser responsável por um estímulo da aprendizagem

      Em laboratório, os cientistas acrescentaram a bactéria à comida de um grupo de ratinhos durante um estudo sobre a sua capacidade de se moverem num labirinto. Em comparação com os que não ingeriram a bactéria, estes ratinhos percorriam o labirinto ao dobro da velocidade e com um nível de ansiedade muito inferior aos outros.

      Numa segunda experiência, retirou-se a bactéria da dieta dos animais e voltou-se a medir a capacidade de percorrer o labirinto. Apesar de se tornarem mais lentos, continuavam a ser mais rápidos que os outros. Três semanas depois, voltaram a ser analisados e ainda restava alguma vantagem, apesar de não muito significativa, sobre os outros. Isto sugere que o efeito das bactérias é temporal.

      Os cientistas acreditam que esta investigação indica que a Mycobacterium vaccae desempenha um papel importante nos níveis de ansiedade e no processo de aprendizagem dos mamíferos.

      Cientistas do Instituto J. Carig Venter anunciaram ontem a criação da primeira forma de vida artificial, após conseguirem sintetizar e replicar ADN (DNA em inglês) sintético, isto é, a criação de um organismo vivo com genoma totalmente sintético, desenvolvido artificialmente a partir de compostos químicos.

      O referido instituto detém o nome do seu fundador e investigador do genoma.

      Os cientistas criaram em laboratório bactérias de forma completamente artificial, fabricadas de raiz num pratinho de vidro a partir dos seus componentes genéticos elementares, como diz J. Craig Venter: “a partir de quatro frascos de compostos químicos”.

      J. Craig Venter anunciou oficialmente uma nova era, a era da biologia sintética.

      Em termos de futuro próximo Craig Venter indica poder vir a criar algas produtoras de petróleo, detendo já um importante contrato com a petrolífera “Exxon”, bem como fabricar vacinas contra a gripe sazonal, reduzindo em 99%; repito: reduzir em 99%, o tempo de fabrico das vacinas, detendo já para o efeito uma colaboração com o laboratório “Novartis”.

      A imagem abaixo reproduz a imagem das duas células sintéticas.

      Deus, afinal, existe e tem nome: J. Craig Venter; o criador de vida.

      Investigadores atrasam envelhecimento de mosca da fruta com a introdução de gene que permitiu aumentar em 40% a longevidade da mosca.

      O código genético da mosca da fruta é fácil de manipular e os investigadores espanhóis e finlandeses, alterando-o, conseguiram atrasar o envelhecimento celular de uma mosca da fruta.

      O estudo foi efetuado pelo grupo de fisiopatologia Metabólica da Universidade de Lérida (Espanha) e foi publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

      Se a descoberta fosse aplicada ao homem, o tempo de vida seria de 150 anos, sem problemas de saúde.

      A mosca atrasou o envelhecimento devido ao fabrico de uma proteína pelo gene introduzido. Assim, a “fábrica” de energia das células, as mitocôndrias, ficaram mais eficientes durante mais tempo.

      Ao produzir menos radicais livres, que atacam as moléculas do ADN, os animais ficam mais resistentes ao stress oxidativo e vivem mais.

      Estudo ora publicado na revista “Science” e liderado por Svante Päabo, do Instituto Max Plank (Alemanha), afirma que o Homo Sapiens Sapiens atual, da Europa e da Ásia, tem entre um e quatro por cento de ADN (DNA) Neandertal, ou seja, do hominídeo que desapareceu há 30 mil anos.

      Durante 4 anos os investigadores estudaram e sequenciaram o genoma do Neandertal. Analisaram diversos fragmentos extraídos de ossos desta espécie extinta, que tinham sido encontrados na Croácia, Rússia, Alemanha e Espanha. Depois, compararam os dados com humanos atuais da Europa, da Ásia e de África.

      Muitos investigadores tinham sérias dúvidas sobre o possível cruzamento entre os primeiros Sapiens e os Neandertais, apesar de terem já aparecido vários esqueletos que indicavam existir hibridação. Contudo, apenas agora foi possível provar com dados genéticos essa teoria.

      O homem de Neandertal apareceu no Próximo Oriente e na Europa há 400 mil anos, 200 mil anos antes do Sapiens Sapiens existir e se ter começado a espalhar pelo mundo a partir de África. Os primeiros cruzamentos terão acontecido no Médio Oriente, entre 80 mil e 50 mil anos atrás.

      O genoma neandertal foi comparado com o de humanos actuais da África Meridional e Ocidental, de França, da China e da Papua Nova Guiné. O estudo revelou que o Neandertal partilha 99,7 por cento dos genes do sapiens sapiens mas apenas dos seres humanos que habitam fora de África, o que reforça a ideia de que o cruzamento terá mesmo acontecido.

      Uma nova técnica desenvolvida em Espanha aponta a possibilidade de criação de um coração artificial biológico através da “lavagem” das células do doador e do “semear” de células mães do receptor transplantado.

      O órgão usado será um coração descartado para transplante. Primeiro, trata-se o órgão com um detergente enzimático para eliminar as células do doador, eliminando-se a carne e deixando a matriz limpa. Num segundo momento a estrutura é semeada com células-mãe para que o coração se regenere.

      O projecto designa-se “SABIO” (Scaffolds and Bioartificial Organs for Transplantation) e nele participam o Hospital Gregório Marañón (Espanha), a Universidade de Minnesota (EUA) e a Organização Nacional de Transplantes.

      Um grupo de neurocientistas da Universidade de Southampton (Reino Unido) acaba de descobrir a molécula responsável pela ressaca, designadamente, dores de cabeça, náuseas, sede e sensibilidade ao barulho e à luz, alguns dos sintomas depois de uma noite bem bebida.

      Num artigo, publicado na “PLoS One”, os investigadores explicam que se trata de um neuropéptido; um “marcador” do cérebro que ao ativar-se é o responsável pela mescla de sensações e sintomas desagradáveis sofridos no dia seguinte à ingestão de uma quantidade significativa de álcool.

      Os investigadores britânicos usaram o cérebro de um verme para o comparar ao nosso. Tudo porque a estrutura mais simples do “Caenorhabditis elegans” (o verme), tem a particularidade de reagir de uma forma idêntica à do ser humano às intoxicações ou dependências do álcool.

      A equipa, liderada por Lindy Holden-Dye, descobriu que, tal como o verme, o cérebro do ser humano quando exposto ao álcool durante um período prolongado de tempo, habitua-se a um certo grau de intoxicação e quando o consumo de álcool é interrompido, começa a ansiedade, a debilidade, a agitação e até espasmos, um rodopio de sintomas que são característicos das ressacas na sua forma mais grave.

      Holden-Dye explica que “a investigação mostra que os vermes sentem os efeitos do corte de álcool e isto permite-nos definir a forma em que este afeta os circuitos nervosos responsáveis pela alteração de comportamento”. Durante a fase de interrupção, os cientistas davam aos vermes pequenas quantidades de álcool e os seus sintomas suavizam de imediato.

      Os autores do estudo foram capazes, pela primeira vez, de identificar exatamente de onde e como o consumo de bebidas alcoólicas afeta o sistema nervoso, o que “abre novas portas para o tratamento do alcoolismo”, refere Holden-Dye que acrescenta: “O nosso estudo proporciona um sistema experimental efetivo para atacar este problema”.

      A investigação abre também a possibilidade para o fabrico de novas armas químicas que minimizem ou eliminem por completo os efeitos posteriores ao consumo abundante de bebidas alcoólicas. Contudo, o mesmo estudo garante que, esta última hipótese é algo que pode inclusive aumentar a dependência de 13 por cento da população adulta que sofre deste problema.

      A cafeína pode vir a tratar as doenças do humor, nomeadamente depressões, um dos mais graves problemas de saúde das sociedades atuais, que afecta uma em cada quatro pessoas.

      Um grupo de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) de Coimbra (Portugal) afirma ter aberto uma nova linha de investigação centrada nas doenças do humor, na sequência dos seus estudos com café para tratamento de doenças do cérebro.

      Uma área na qual surgiram resultados muito consistentes foi a memória, designadamente na doença de Alzheimer, em que estudos epidemiológicos e em modelos animais evidenciaram que a ingestão de doses moderadas e continuadas de café diminuíam a sua incidência.

      Mais recentemente, a equipa coordenada por Rodrigo Cunha, da Faculdade de Medicina de Coimbra, estendeu esse conceito “para uma área que em larga medida está desprovida de terapêutica eficaz, que são situações de modificação de humor, nomeadamente a depressão”.

      “Fizemos estudos em animais para estabelecer um modelo de depressão por imposição de situações de stress crónico e foi com surpresa que observámos que os animais que consomem cafeína parecem tolerar de modo muito mais eficaz estas modificações de humor”, revelou Rodrigo Cunha.

      Os investigadores julgam ter descoberto o alvo molecular onde actua a cafeína – o receptor A2A para a adenosina – e neste estudo para as doenças do humor constataram “que existe uma correlação com o que se passa no homem”.

      “Alguns estudos iniciais mostraram que populações de risco, como as enfermeiras dos serviços de urgência, toleram muito melhor ao longo do tempo situações de stress repetido quando consomem café de forma regular em doses toleráveis e normais do que profissionais com funções semelhantes, mas que não tomam café regularmente”.

      Segundo Rodrigo Cunha, além dos testes psicológicos, é possível verificar estes resultados em “testes biológicos com os níveis de cortisol, que confirmam esta impressão, de que há um benefício em termos de controlo de humor associado à toma regular de doses moderadas de cafeína”.

      Se para um consumidor ocasional o café atua como um excitante, para quem o ingere de forma contínua e moderada, “depois do pico inicial de excitante, acaba por atuar como um normalizador de funcionamento do sistema nervoso central em particular”, explicou Rodrigo Cunha.

      A investigação focada nas doenças do humor começou há um ano e meio e neste momento a equipa tem concluído um estudo do primeiro modelo animal que submeteu para publicação, para ser dado a conhecer à comunidade científica.

Dormir

Posted on: 07/05/2010

      Estudo da Universidade de Warwick e da Universidade de Medicina Federico, em Itália, conclui que dormir pouco pode levar à morte prematura.

      Os cientistas afirmam ainda que um sono saudável não deve ter menos que 6 horas nem mais de 9 horas.

      Quem dorme regularmente menos de 6 horas por noite tem mais 12% de hipótese de morrer mais cedo do que as pessoas que dormem o período ideal, de 6 a 8 horas.

      O estudo analisou os padrões de sono e mortalidade de 1,3 milhões de pessoas e concluiu que a morte prematura pode ter ligações com pouco tempo de sono, mas também por sono excessivo, quando fora da tal faixa considerada ideal das 6 a 8 horas.

      O professor Francesco Cappuccio, chefe do Programa de Sono, Saúde e Sociedade, afirmou que “5 horas é insuficiente para a maioria das pessoas e ficar sonolento durante o dia aumenta o risco de um acidente de trabalho ou no trânsito. Na sociedade moderna, o stress acaba por afectar-nos até de noite, perturbando o sono, o que pode levar a outros problemas daí decorrentes, como a depressão.”

      Investigadores britânicos afirmam que os sapos podem ajudar a prever sismos. Os cientistas dizem que o comportamento dos animais se altera até cinco dias antes da ocorrência, ao contrário do que já se sabia da generalidade dos animais que pressentiam o abalo com uma antecedência de segundos ou minutos.

      Os biólogos britânicos estudavam uma população de sapos que fugiu da sua colónia três dias antes do sismo que abalou a cidade italiana de Aquila a 6 de Abril 2009, encontrando-se o local que abandonaram a 74 quilómetros do epicentro do sismo.

      O estudo vem publicado no Journal of Zoology, onde se relata que a bióloga Rachel Grant, da britânica Open University, esteve a estudar diariamente o comportamento de várias colónias de sapos em Itália pela altura do sismo, tendo a investigação compreendido um período de 29 dias antes, durante e depois do sismo.

      Rachel estava a estudar os sapos em San Ruffino, a 74 quilómetros do epicentro, quando começou a notar comportamentos estranhos nos animais e 5 dias antes do abalo reparou que a população de sapos tinha diminuído.

      “Este estudo é o primeiro a documentar o comportamento animal antes, durante e após um terramoto”, afirma a bióloga que acredita que os sapos fugiram para terrenos mais elevados, possivelmente para locais com menos probabilidade de caírem pedras ou de haver inundações.

      Desconhece-se como é que os sapos pressentiram a actividade sísmica, no entanto, é certo que algo pressentiram que os fez abandonar o local.

      “A nossa investigação sugere que os sapos são capazes de detectar sinais pré-sísmicos como a libertação de gases”, explicou a investigadora.


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